O Banco Mundial rejeitou na quarta-feira (16) um pedido de ajuda do governo de El Salvador, para implementação do Bitcoin como moeda legal naquele país. Segundo a instituição financeira internacional, a solicitação “não é algo que o Banco Mundial possa apoiar, dadas as deficiências ambientais e de transparência”.
Na semana passada, o país centro-americano se tornou a primeira nação do mundo a adotar a criptomoeda de forma oficial, em meio a declarações do presidente Nayib Bukele elogiando o potencial do Bitcoin. Ontem pela manhã, o ministro das Finanças salvadorenho, Alejandro Zelaya, afirmou à Reuters que a ideia é usar o Bitcoin como moeda corrente paralela ao dólar americano.
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A recusa do Banco Mundial pode significar a existência de dificuldades encontradas pelas autoridades monetárias de El Salvador em garantir que a moeda digital seja aceita em todo o país. Em um email à agência Reuters, um porta-voz do banco declarou de forma emblemática que a instituição estaria empenhada a ajudar o país "de várias maneiras, incluindo transparência monetária e processos regulatórios".
Fonte: Reuters/ReproduçãoFonte: Reuters
A reação do FMI
Embora tenha empolgado os entusiastas do uso de moedas digitais no mundo inteiro, a lei do Bitcoin do presidente Bukele, já aprovada pelo Congresso, recebeu intensas críticas. Na quarta-feira, o economista Steve Hanke, da Universidade Johns Hopkins, afirmou em comunicado que o uso legal da criptomoeda pode “colapsar completamente a economia” de El Salvador.
Outro entrave para a adoção irrestrita do Bitcoin no país são as negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar das declarações de Zelaya, garantindo que a instituição “não era contra”, a verdade é que o FMI não tem nenhum interesse na implantação oficial da criptomoeda.
Apesar de todos os contratempos, o presidente Bukele continua agindo como se nada estivesse acontecendo: em uma conversa com a operadora Athena Bitcoin divulgada no Twitter, a empresa pergunta se o executivo estaria interessado na instalação de mil caixas eletrônicos para troca de moedas por bitcoins. “Mil? Que tal 1,5 mil?”, propôs o animado presidente.
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