Reunidos em Londres, os ministros da economia dos países do Grupo dos Sete (G7) assinaram no sábado (5) um acordo que aumenta a taxação das 100 maiores e mais lucrativas empresas do mundo. A reforma tributária global garantiria que o imposto, de pelo menos 15%, fosse pago nos países onde essas multinacionais operam.
Na prática, isso significa que centenas de bilhões de dólares possam ser arrecadados pelos países mais pobres, que praticamente quebraram durante a pandemia da covid-19.
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Atualmente, a maioria das Big Techs e grandes multinacionais migraram suas instalações para países do mundo inteiro, onde são isentas ou pagam tributos baixíssimos e enviam seus impostos apenas aos seus países sede — quando não são acusadas de fazerem manobras para esconder parte do lucro em transferências para paraísos fiscais.
Reações à nova taxação das maiores empresas
Facebook has long called for reform of the global tax rules and we welcome the important progress made at the G7. Today’s agreement is a significant first step towards certainty for businesses and strengthening public confidence in the global tax system.
— Nick Clegg (@nickclegg) June 5, 2021
A discussão sobre a unificação da tributação à grandes empresas começou há mais de sete anos. No Brasil, por exemplo, multinacionais como o Google e o Facebook mantêm centenas de funcionários, pagando impostos irrisórios. O ministro das finanças britânico, Rishi Sunak, comemorou o acordo considerando-o "histórico para reformar o sistema tributário global para torná-lo apto à era digital".
O vice-presidente para assuntos globais do Facebook, Nick Clegg, usou sua conta no Twitter para congratular o G7 pela medida. Segundo ele, o acordo "é um primeiro passo significativo em direção à certeza para as empresas e ao fortalecimento da confiança do público no sistema tributário global".
A proposta, que visa reformar regras fiscais globais que datam da década de 1920, deverá avançar e se consolidar para ser apresentada para aprovação na reunião do G20, prevista para julho próximo. Depois disso, o projeto segue para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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