O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva nesta quinta-feira (3) que proíbe instituições e entidades norte-americanas de investirem financeiramente em uma lista de empresas de origem chinesa.
As 59 companhias dos setores de tecnologia de defesa ou vigilância são consideradas suspeitas por supostas ligações com o governo chinês ou com setores de espionagem.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Além disso, de acordo com Biden, a tecnologia pode ser usada para "facilitar repressão ou abuso sério aos direitos humanos, o que constitui ameaças incomuns e extraordinárias".
Quem está na lista?
Segundo a Reuters, a nova lista de proibição traz uma série de companhias chinesas que já estavam proibidas de negociação com parceiros norte-americanos, em uma medida inicialmente assinada no governo de Donald Trump.
A Huawei, que já sofre sanções dos EUA desde 2019, segue na lista.
As marcas incluem a empresa de aviação Avic, a China Mobile, a fabricante de chips SMIC e a Huawei — que já estava proibida até de usar os serviços do Google no Android desde 2019. A lista completa de marcas agora restritas para investimentos nos EUA pode ser encontrada na íntegra por este link.
Como sugerido em especulações anteriores, a administração de Biden não deve aliviar a situação dessas companhias, porém vai alterar decretos anteriores e até lançar novas medidas para corrigir eventuais brechas legais.
"Abuso de poder"
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que a medida gera descontentamento e mostra "abuso de poder nacional" por parte dos EUA para "suprimir e restringir investimentos" do país ao expandir os conceitos de segurança nacional.
A Xiaomi chegou a integrar uma das proibições, porém conseguiu reverter a situação e está livre para atuar nos Estados Unidos e receber investimentos locais.
Fontes