O bitcoin registrou uma queda de 13% neste domingo (23), após cair quase 50% em relação ao pico de 2021. Por volta das 18h00 GMT (15h00 de Brasília), a moeda perdeu US$ 4.899,54 (cerca de R$ 26 mil, na conversão direta), atingindo US$ 32.601 (cerca de R$ 174 mil).
Esse valor, para a infelicidade dos investidores, aproxima-se da metade registrada em 14 de abril, quando o bitcoin alcançou incríveis US$ 64.896,22 (cerca de R$ 348 mil, na época). O período de instabilidade teve início em 12 de maio, quando o CEO da Tesla, Elon Musk, comunicou pelo Twitter que a fabricante de carros elétricos não mais aceitaria pagamentos em bitcoin.
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Como justificativa, o magnata indicou que, diante dos impactos ambientais causados pela moeda, o seu uso não compensava. O comentário de Musk acabou reverberando na economia.
China causa instabilidades no mercado
Antes de recuperar-se totalmente do golpe, a moeda foi atingida novamente, desta vez pela China. Na última sexta-feira (21), autoridades chinesas emitiram um comunicado prometendo "reprimir a mineração de bitcoin e seu comportamento comercial", devido à alta volatilidade.
A partir disso, grandes mineradoras chinesas deixaram de negociar o ativo, que acumulava US$ 41 mil em valor (R$ 219 mil) e sofreu uma queda de 12%, voltando a ser negociado abaixo dos US$ 37 mil (R$ 198 mil), informa o site marketcap.
O comentário, contudo, não afetou apenas o bitcoin, mas o mercado de criptomoedas como um todo. Após a manifestação da China, os ativos deste segmento registraram quedas de 7% a 22% na sexta-feira.
De acordo com representantes do governo chinês, instituições financeiras deveriam evitar oferecer serviços atrelados a esses ativos. Vale lembrar que, apesar dos ataques ao mercado, o país será o primeiro a criar sua própria criptomoeda, o yuan digital, que deve ser lançada ainda em 2021.
Bitcoin deve se recuperar
Embora ainda esteja em tendência de queda, o bitcoin recupera-se gradativamente dos últimos eventos. Nesta segunda-feira (24), o ativo atingiu US$ 37.648,60 (R$ 201.657,20) — o que pode ser um leve suspiro para a valorização.
"Nossa tendência é esperar alguma estabilização na próxima semana, o que deve se traduzir em um novo pico", disse o chefe de pesquisa da corretora Enigma Securities, Joseph Edwards.
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