O CEO do Telegram, Pavel Durov, fez duras críticas ao iOS recentemente. Em seu canal dentro do app de mensagens, o fundador da plataforma disse que os usuários de iPhones são escravos da Apple e que o sistema da empresa está preso na "Idade Média".
As críticas aconteceram por causa da ausência de certos recursos nos iPhones atuais, como o suporte para frequência de 120 Hz na tela. De acordo com o fundador do Telegram, a Apple está vendendo hardware obsoleto para seus consumidores por um preço acima do normal.
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Fonte: Chris Wedel/Android Central
"Sempre que preciso usar um iPhone para testar nosso aplicativo para iOS, sinto que fui jogado na Idade Média", disse Pavel Durov. "As telas de 60 Hz do iPhone não podem competir com os displays de 120 Hz dos telefones Android modernos, que suportam animações muito mais suaves."
Escravos digitais
Além de criticar o hardware dos iPhones, o fundador do Telegram ainda disse os usuários da marca são "escravos digitais". O executivo criticou o fato da Apple permitir a instalação de aplicativos somente via App Store, o que gerou um processo contra a empresa, além de limitar o uso de certas tecnologias aos serviços da companhia.
“Você só tem permissão para usar aplicativos que a Apple permite instalar através de sua App Store, e você só pode usar o iCloud da Apple para fazer backup nativamente de seus dados”, disse o CEO do Telegram. E as críticas não pararam por aí: o executivo ainda comparou a empresa com o governo da China.
"Totalitarismo" da Apple
Segundo uma reportagem do New York Times, alguns dados do iCloud de cidadãos chineses teriam sido acessados por regulares do governo. O CEO do Telegram disse que a abordagem "totalitária" da Apple combina com os comandantes da nação asiática e o possível vazamento não é uma surpresa.
Pavel Durov, CEO do Telegram.Fonte: Telegram
"Não é de se admirar que a abordagem totalitária da Apple seja tão apreciada pelo Partido Comunista da China", disse Pavel Durov. "Graças à Apple, agora [o governo chinês] tem controle total sobre os aplicativos e dados de todos os seus cidadãos que dependem de iPhones."
Em um comunicado, a Apple disse que os dados de clientes não foram comprometidos na China e que a empresa utiliza criptografia avançada para impedir vazamentos no país. "Nunca comprometemos a segurança de nossos usuários ou seus dados na China ou em qualquer lugar em que operamos”.
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