A Tesla parou de aceitar bitcoin como forma de pagamento por temer que isso contribua com um consumo maior de combustíveis fósseis. A informação foi revelada pelo CEO Elon Musk em um tuite publicado nesta quarta-feira (12).
O executivo também informou que a montadora não venderá mais o estoque de US$ 1,5 bilhão em bitcoin adquirido no início deste ano. A marca vendeu recentemente parte do ativo digital da criptomoeda, o que ajudou a alavancar os lucros trimestrais.
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— Elon Musk (@elonmusk) May 12, 2021
No comunicado, a Tesla revela que voltará a aceitar o bitcoin quando o processo de mineração da criptomoeda usar energia de forma sustentável. Então, ela busca por outras moedas digitais que "usem menos de 1% da energia/transação".
"A criptomoeda é uma boa ideia em muitos níveis e acreditamos que ela tem um futuro promissor. Contudo, isso não pode ter um grande custo para o meio ambiente", destaca a declaração de Musk.
O bitcoin já consome mais energia que a Argentina, fator que intensifica as emissões de carbono. Entretanto, não há uma solução simples porque o blockchain no qual a criptomoeda é construída é ineficiente em termos de energia.
Isso contraria a missão da Tesla de "acelerar a transição do mundo para a energia sustentável". Tal como, a montadora foi criticada por especialistas e investidores após o anúncio da aquisição da moeda digital.
Musk e Tesla foram criticados pela compra de bitcoin.Fonte: Pinterest/Reprodução
Impacto no preço do Bitcoin
Após Musk anunciar que a Tesla não aceitará pagamentos em bitcoin, o valor da criptomoeda caiu mais de 10%. Na manhã desta quinta-feira (13), ela estava sendo cotada a US$ 49.775 — cerca de R$ 264 mil na conversão direta.
Além disso, as ações da montadora tiveram leve queda depois da declaração do CEO. Segundo analistas financeiros, os ativos registraram perda de 1,09%.
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