Tecnologia alguma nasce pronta para uso, isso é fato, ainda mais quando envolve tantas variáveis quanto as contempladas por assistentes virtuais. Com a Alexa, da Amazon, não foi diferente, e, apesar da gama de tarefas que é capaz de executar hoje em dia, já foi alvo de ataques, inclusive, das equipes que a criaram. Jeff Bezos, por exemplo, fez um pedido inusitado. "Dê um tiro em sua própria cabeça", teria dito no auge de sua irritação há alguns anos.
Quem revela a cena, ocorrida "em um pico de frustração pela falta de compreensão" na casa do executivo em Seattle, é Brad Stone, autor do livro Amazon Unbound: Jeff Bezos and the Invention of a Global Empire, lançado nesta terça-feira (11), ainda sem tradução para o português. De acordo com ele, tudo aconteceu enquanto a ferramenta não passava de um projeto, o Doppler. Ao revisarem as interações do bilionário com a Alexa, engenheiros acharam que tudo seria descontinuado.
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Executivo teria ficado realmente irritado com projeto.Fonte: Reprodução
Aliás, a reclamação não seria uma reação exclusiva de Bezos. Ainda segundo Stone, centenas de funcionários não ficaram contentes com a "ausência de inteligência" da assistente. Por exemplo, um gerente, responsável por preencher planilhas semanais indicando as perguntas que teria feito a ela e quais respostas recebia, declarou que o recurso dificilmente atendia às suas necessidades.
Já uma outra "cobaia" foi enfática ao dizer que dispositivos que o carregassem estavam "condenados" porque ele "não funcionava bem." Felizmente, deram um jeito na situação.
Suor e engenhosidade
Desde seu lançamento em 2014, a Amazon já comercializou mais de 100 milhões de aparelhos com a Alexa – um consumo que disparou durante a pandemia da covid-19, momento no qual se tornaram essenciais para diversas pessoas.
Atualmente, a assistente também oferece informações a respeito do novo coronavírus e participa de ações de saúde mental.
Mais de 100 milhões de aparelhos com Alexa já foram vendidos.Fonte: Reprodução
Por fim, em sua última carta aos acionistas, Bezos conta que, em 1997, quando fundou a companhia, Prime, Marketplace, Alexa ou AWS não chegavam a ser nem ideias. "Corremos grandes riscos com cada um [dos produtos e serviços] e dedicamos suor e engenhosidade a eles", complementa. Quanto ao episódio relatado no livro, a gigante não se pronunciou oficialmente.
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