O julgamento da ação judicial entre Apple e Epic Games está longe de terminar, tendo passado apenas a primeira de possíveis três semanas de depoimentos e deliberação.
Entretanto, para o analista Mark Gurman, da Bloomberg, a situação já parece mais ou menos encaminhada depois de uma série de testemunhos e provas apresentadas. Em um texto, o especialista acredita que a Apple deve ser a vencedora no geral — ou seja, a dona do iOS não será condenada por monopólio na loja digital ou práticas anticompetitivas de mercado contra as rivais.
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O problema é que a Epic Games ainda não foi capaz de convencer a corte de que a taxa de 30% é abusiva e de que a marca deve permitir outros métodos de pagamentos fora da própria plataforma. Essas são as principais acusações da desenvolvedora, que iniciou o processo por limitações impostas ao fenômeno Fortnite. O jogo atualmente encontra-se banido das plataformas da Maçã por não concordar com as regras internas do ecossistema da marca.
Nem tudo são flores
Entretanto, Gurman também acredita que a Apple pode ser obrigada a fazer algumas modificações no seu modelo de negócios. Isso pode acontecer por determinação judicial ou por inciativa própria, para evitar os gastos e esforços contra outros possíveis processos.
Para o analista, a empresa pode passar a liberar a execução de múltiplos jogos a partir de um aplicativo, algo que é proibido atualmente nas regras do iOS. Isso liberaria serviços como o Facebook Gaming, por exemplo. Outra mudança possível é a expansão de programas que reduzem a taxa sob transações para 15% para mais desenvolvedoras — algo que já acontece, mas só para aquelas que faturam abaixo de uma certa quantia imposta pela empresa.
Por fim, Gurman ainda cita que a Epic Games já ficaria bastante satisfeita simplesmente por ser capaz de anunciar que o dinheiro virtual dos Fortnite, os V-Bucks, podem ser comprados em outros ambientes até com desconto, como no site da própria marca.
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