A Xiaomi divulgou seu desempenho no último trimestre de 2020 e, com uma alta de 37% no lucro obtido, a fabricante chinesa de smartphones já se aproxima da Apple e Samsung. Os resultados, que foram a público nesta quarta-feira (24), revelam US$ 491 milhões de lucro líquido ajustado — muito acima do que o esperado pelos analistas.
Apesar da alta nos preços registrada no segmento de smartphones e outros eletrônicos devido à pandemia de covid-19, a companhia atingiu um crescimento de 38,4% no setor. A onda de popularidade da fabricante também afetou o faturamento, que subiu 25%.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Xiaomi concorre com Samsung e Apple
Essa não é uma informação nova: desde seu boom no mercado de celulares, a Xiaomi tem ocupado gradativamente o lugar de grandes marcas no bolso dos usuários. Esses resultados, contudo, são um marco para a fabricante chinesa, que se consolidou na terceira posição do setor em escala global.
Agora, seu nome está atrás apenas da Samsung e Apple, tirando a Huawei do pódio — que, vale destacar, sofreu grandes perdas após ser impedida de ter negociar com empresas dos Estados Unidos.
Crescimento duplicou na China
Além disso, as vendas da Xiaomi quase dobraram na China. Em 2019, a companhia dominava apenas 9,2% do mercado local, fatia que passou para 14,6% no último trimestre de 2020. Ainda segundo o relatório divulgado, que teve a participação da empresa Canalys, a liderança na Índia foi mantida e o primeiro lugar na Europa foi conquistado.
Em um comunicado, o presidente da gigante chinesa, Wang Xiang, manifestou preocupação quanto à escassez de chips e processadores causada pela pandemia — fato este que disparou os preços dos eletrônicos. Como medida de proteção, o executivo afirmou que a Xiaomi tem trabalhado com parceiros para criar uma cadeia de suprimentos sólidos. Por fim, Xiang declarou que está otimista para o ano de 2021.