O presidente Jair Bolsonaro tomou mais um revés em suas decisões no combate ao novo coronavírus. A Pfizer anunciou, nesta segunda-feira, 22, que não chegou a um acordo com o governo brasileiro para a distribuição de sua vacina contra a covid-19.
A empresa quer isenção de responsabilidade em caso de complicações por efeitos adversos de sua imunização, algo considerado comum pela Pfizer nos contratos de venda de vacinas.
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Existem outros dois pontos divergentes entre o governo brasileiro e a farmacêutica. O primeiro refere-se a soluções de possíveis problemas jurídicos. Caso eles aconteçam, a Pfizer quer que a Corte Arbitral de Nova York, nos Estados Unidos, cuide do caso.
Israel utiliza 100% da vacina da Pfizer para conter avanço da COVID-19Fonte: GIL COHEN-MAGEN / AFP
O segundo possui relação direta com o pagamento do imunizante. A empresa não abre mão de um fundo garantidor de crédito com conta no exterior para a compra das vacinas. Determina também que o governo federal utilize seus ativos internacionais para a aquisição.
Depois do anúncio de que a vacina deveria ser mantida em um freezer, na temperatura de -70°C, a Pfizer informou que o composto pode ser mantido entre -25°C e -15°C, por um período de até duas semanas, o que torna viável a distribuição do imunizante nas principais cidades brasileiras.
Eficácia comprovada
O primeiro estudo real da eficácia da vacina (diferente dos testes clínicos) foi feito em Israel e constatou 89,4% de prevenção de infecções. Vale lembrar que toda a população do país vem sendo imunizada com a vacina da Pfizer.
Os Estados Unidos aplicaram mais de 40 milhões de doses do imunizante. Até o momento, apenas Brasil, Venezuela e Argentina não aceitaram o contrato padrão para comprar a vacina na América do Sul.
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