Em menos de uma semana, Elon Musk perdeu dois de seus mais brilhantes engenheiros: depois da saída do diretor de engenharia Joseph Mardall rumo à startup de drones para produtos médicos Zipline, foi a vez do engenheiro à frente do desenvolvimento e da fabricação de baterias Victor Prajapati levar sua expertise para a Rivian, a startup de picapes e SUVs elétricos.
Ao contrário de Mardall, Victor Prajapati levará a experiência adquirida na Tesla para uma rival direta de Elon Musk. A empresa tem recebido robustos aportes: a Ford já investiu na startup US$ 500 milhões, enquanto a Amazon, além de botar US$ 700 milhões na empresa, encomendou cem mil vans elétricas.
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Prajapati entrou para a Tesla no momento em que a produção, nas palavras de Musk, vivia "um inferno”, conseguindo fazer com que a entrega de veículos pulasse de dez para três mil unidades por semana. O engenheiro estava à frente, nos últimos tempos, da produção de células elétricas, que agora saem de uma linha-piloto da montadora.
Competição direta
Hoje, a Rivian tem mais de mil empregados em uma planta no estado de Illinois, EUA. Além de picapes e SVUs elétricos (como a Rivian R1T, competindo diretamente com a Cybertruck da Tesla), a montadora também deve incomodar Elon Musk em outro nicho.
O CEO da Rivian, RJ Scaringe, apresenta a picape elétrica Rivian R1T no Salão do Automóvel de Los Angeles de 2018.Fonte: Los Angeles Times/Allen J. Schaben/Reprodução
Segundo disse o CEO de Rivian, RJ Scaringe, à Reuters em dezembro, a empresa planeja vender carros de passeio para a China e o mercado europeu, com produção local – ou seja, a montadora terá pelo menos duas plantas fora dos EUA.
A busca por profissionais da Tesla não é nova: a Rivian já levou da montadora Carrington Bradley, ex-gerente sênior de implantação de carregadores, para chefiar o setor cujo produto compete diretamente com o Tesla Supercharger, e Kit Ahuja, ex-gerente para Desenvolvimento de Negócios Globais, para ser diretor do Rivian Adventure Network.
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