Além de manifestações negativas e revoltadas contra suas novas políticas de privacidade em todas as mídias sociais, e até um princípio de êxodo para outros aplicativos, o WhatsApp deverá enfrentar outro desafio, dessa vez nos tribunais da Índia, segundo informações publicadas nesta quinta-feira (14) pela agência britânica Reuters.
Na petição inicial de um processo, proposto a um tribunal indiano na quinta-feira (14), são apresentados como argumentos contra os atos unilaterais do mensageiro de propriedade do Facebook: a vigilância do usuário e uma ameaça à segurança nacional da Índia, por sinal, um dos maiores mercados do aplicativo.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Nas alegações do advogado indiano Chaitanya Rohilla, “[as atualizações de privacidade] fornecem virtualmente um perfil de 360 graus na atividade online de uma pessoa”. Para ele, ao fazer isso, "o WhatsApp zomba do direito fundamental à privacidade”, demonstrando um comportamento arbitrário e intimidatório.
As novas políticas do WhatsApp
WhatsApp faz uma cara campanha de publicidade para acalmar seus clientes Fonte: AFP/Reprodução)Fonte: AFP
A controvérsia teve início no dia 4 de janeiro, quando o WhatsApp emitiu uma mensagem, de sua sede na Califórnia, reservando-se o direito de compartilhar alguns dados de seus usuários, inclusive localização e número do telefone, à sua controladora Facebook e outras subsidiárias-irmãs como o Instagram e o Messenger.
A atitude gerou reações imediatas entre os cerca de 400 milhões de usuários da plataforma de mensagens no país, que iniciaram um movimento de migração para aplicativos rivais, como Signal e Telegram, obrigando o WhatsApp a iniciar uma cara campanha publicitária para tentar acalmar seus clientes.
A mudança também causou muita indignação na Turquia, e teve repercussão na área governamental, com o Conselho de Concorrência daquele país dando início a uma investigação oficial sobre o serviço de mensagens e sua empresa controladora.
O WhatsApp deu aos usuários um prazo até o próximo dia 8 de fevereiro para concordar com os novos termos propostos. Ou deixar a plataforma definitivamente.
Fontes
Categorias