Se você costuma pesquisar por planos de telefonia ou já fez alguma viagem internacional e descobriu o que essa palavra estrangeira significa ao ter voltado para o Brasil e tomado um susto com a conta telefônica, já deve ter ouvido falar em “roaming”. Mas se ela ainda não faz sentido para você, acompanhe a explicação a seguir.
O que é o roaming?
Roaming é quando uma linha de celular precisa de uma rede que não a mesma onde foi originada para a transmissão de dados ou voz, ou seja, a tecnologia existe para permitir que usuários consigam se comunicar como se estivessem em sua área de DDD local mesmo quando estão longe de sua área de cobertura. Essa segunda rede que consegue identificar a sua linha telefônica pertence a outra empresa, que mantém um contrato com sua operadora.
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O DDD é a indicação de onde seu número de celular foi gerado, portanto o roaming passa a ser necessário quando você se transfere para uma área de código diferente e sem infraestrutura da sua companhia telefônica.
Praticamente nenhum plano de celular cobra roaming nacional, mas em viagens internacionais costuma ser caro. No Japão, o serviço automático para as três maiores operadoras que atuam no Brasil varia de R$ 33 a R$ 70,90 por dia, e a conta pode ficar ainda mais salgada se incluir cobranças por megabyte trafegado.
Fonte: Pixabay/ReproduçãoFonte: Pixabay/Reprodução
O funcionamento do roaming é relativamente simples: cada linha de celular (chip) possui um código de identificação global, chamado IMSI. Ao usar o smartphone em outro país, a sua linha tentará se conectar a uma rede compatível, definida por meio de acordos entre operadoras de todo o mundo.
A partir daí, a rede usará o IMSI para identificar a sua linha e fornecerá a conectividade necessária para transferir seus dados entre a operadora local e sua operadora de origem. Esse fornecimento de serviços gera custos que a operadora local cobrará da de origem.
Por que roaming é tão caro?
O que torna o roaming um serviço com preço bem acima da média em relação a outros serviços de telefonia é a dependência de acordos entre operadoras de países diferentes. Nessa conta ainda entram eventuais empresas que atuam como intermediárias e, por fim, as prestadoras ainda precisam repassar os custos dos serviços ao consumidor final. Entretanto, há diversos órgãos que regulamentam e fiscalizam o fornecimento e cobrança desse tipo de serviço, de modo a de evitar preços abusivos.
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No setor de IoT, o Brasil optou por utilizar o eSIM (chip virtual) no lugar do roaming permanente. A decisão visou à redução de custos e problemas por dificuldades na regulamentação.
O que devo fazer antes de viajar?
Se você vai viajar e quer evitar surpresas em sua conta telefônica, é melhor anotar algumas dicas. No caso de uma viagem dentro do país, basta usar o Código de Seleção de Prestadora (CSP) associado à linha, antes de fazer ligações de longa distância.
Para viagens internacionais, há três opções: 1) contratar um plano da própria operadora; 2) comprar um chip internacional válido para os países que visitará; 3) comprar um chip de uma operadora do país de destino.
A opção de contratar um plano de sua operadora é indicada se você faz questão de continuar usando a mesma linha enquanto estiver fora, então será necessário entrar em contato com a prestadora para avaliar os planos disponíveis.
Se você não pretende utilizar roaming, nem utilizar serviços de telefonia em outros países, terá que configurar seu aparelho para evitar a ativação automática do serviço, assim como cobranças indesejadas. Em celulares Android, vá em Configurações > Redes > Redes Móveis e desabilite a opção “Roaming de dados”. No iPhone, você pode acessar um tutorial de como desabilitar a função clicando aqui.
Usei roaming e percebi cobranças excessivas, o que faço?
Se você fez uso do serviço e acha que sua operadora está abusando dos valores cobrados, a Anatel recomenda que uma reclamação seja registrada junto à prestadora.
Caso o problema não seja resolvido e você continue se sentido lesado, poderá registrar uma reclamação junto à Anatel, usando o protocolo de atendimento fornecido pela operadora.
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