Nesta sexta-feira (18), uma das maiores e mais populares fabricantes de drones do mundo foi banida pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que, baseado na justificativa de segurança nacional, proibiu empresas norte-americanas de exportarem tecnologia à DJI. A notícia foi confirmada pela Reuters em uma teleconferência com um oficial da entidade.
A exemplo do que ocorreu com a Huawei, a partir de agora, espera-se uma interrupção na cadeia de suprimentos da companhia. Ainda que autorizações especiais possam garantir o direito de transações às interessadas, é fato que, em uma guerra comercial na qual a China tem respondido a tais ações com outras restrições, processos semelhantes tendem a ficar cada vez mais difíceis.
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Acusações de envolvimento da DJI com "abusos em larga escala dos direitos humanos na China por meio de coleta e análise genética abusiva ou vigilância de alta tecnologia" constam no documento em vigor, o que, segundo o The Verge, pode se referir à participação dela na vigilância de campos de detenção na província de Xinjiang, conforme detalhado em um relatório da Bloomberg Businessweek.
De todo modo, a decisão pode ser revertida com a devida revisão caso a caso de determinados itens, havendo presunção de negação automática a todos os outros – sem indicação alguma alguma de quais componentes, em tese, poderiam ser liberados.
DJI é a mais nova empresa chinesa afetada por restrições norte-americanas.Fonte: Reprodução
Medo e reação
Drones são, em grande parte, fabricados no país asiático ou contêm peças produzidas na região, o que preocupa o governo dos EUA há algum tempo. Por isso, além do anúncio de planos de suspensão da frota de equipamentos realizado pelo Departamento do Interior, que busca análises detalhadas, o Departamento de Justiça havia proibido, já em outubro, a compra de dispositivos do tipo do exterior. O medo, destacam, é de espionagem e ataques cibernéticos.
Tudo isso ocorreu – e ocorre – sob a administração de Donald Trump, e ainda não se sabe se Joe Biden, eleito neste ano, dará continuidade às políticas atuais, que são bem extensas e incluem, também, a maior fabricante de chips da China entre as prejudicadas, a SMIC, uma das primeiras a sofrerem as sanções.
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