Visa e Mastercard podem 'desmonetizar' PornHub por estupros reais

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Imagem: Exodus Cry/Divulgação

Desde o início deste ano, uma campanha tenta fazer a plataforma de vídeos pornôs PornHubse responsabilizar pelas dezenas de vídeos que hospedava mostrando crianças sendo violentadas, torturadas e brutalizadas – agora, entram em cena Visa e Mastercard, que anunciaram investigações sobre suas ligações financeiras com a MindGeek, empresa dona da plataforma.

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Antes restritas ao movimento Traffickinghub, as evidências sobre como vídeos de estupros, abuso infantil e violência sexual não consensual estão sendo disponibilizados sem qualquer verificação vieram a público – no início do ano, com uma matéria publicada pela BBC e, agora, pelo jornal The New York Times.

“A Visa está se envolvendo ativamente com instituições financeiras para investigar as alegações contra a MindGeek. Se o site for identificado como não cumprindo as leis aplicáveis ou as políticas de uso aceitável das instituições financeiras e padrões de subscrição, elas não poderão mais aceitar pagamentos Visa”, disse em comunicado a operadora de cartões de crédito.

Por sua vez, a Mastercard disse que “se os relatos forem comprovados, tomaremos medidas imediatas, como pedir ao adquirente para encerrar o relacionamento, a menos que um plano de conformidade eficaz seja implementado”.

Criptomoedas

Outras empresas, como Paypal e American Express, não permitem que seus serviços sejam usados em sites de conteúdo adulto (o PornHub disponibilizou outras opções, como pagamentos com criptomoedas baseadas em blockchain).

Em fevereiro, Laila Mickelwait criou o Traffickinghub (o abaixo-assinado já tem 2,2 milhões de assinaturas) para chamar a atenção para os vídeos mostrando cenas reais de violência sexual e tortura exibidos pela plataforma sem qualquer verificação (em um tweet, posteriormente apagado, o PornHub admitiu saber da existência de um vídeo em que uma adolescente é estuprada e torturada).

“Quase sete milhões de vídeos são postados no Pornhub a cada ano e, embora a maioria retrate atos consensuais, muitos não o são. Em cada caso, os culpados foram responsabilizados, menos o Pornhub, que compartilhou os vídeos e lucrou com eles”, disse o jornalista Nicholas Kristof.

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