A multinacional britânica-neerlandesa Unilever, uma das maiores produtoras de bens de consumo do mundo, anunciou na segunda-feira (30) que irá iniciar um programa piloto para todos os seus funcionários na Nova Zelândia a fim de testar semanas de trabalho de apenas quatro dias.
A experiência começa na semana que vem e dura até dezembro de 2021. Durante um ano, os 81 funcionários que trabalham na companhia naquele país terão a jornada reduzida. Concluído o teste, a empresa avaliará os resultados com vistas a estender o programa a todos os seus 155 mil funcionários espalhados pelo mundo.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O diretor da Unilever Nova Zelândia, Nick Bangs, explicou, numa entrevista à emissora local RNZ que, durante o período, os funcionários serão pagos por cinco dias, mas trabalharão apenas quatro. O objetivo, segundo ele, é mudar a forma como o trabalho é feito, não aumentar o número de horas trabalhadas nos quatro dias.
Manter a vantagem competitiva
Fonte: Lad Bible/ReproduçãoFonte: Lad Bible
Na entrevista, Bangs explicou que o forte crescimento dos negócios da Unilever na Nova Zelândia "faz desse o momento perfeito no nosso ciclo para criar algo novo e ambicioso". Para o diretor, o ponto central do programa é "manter a vantagem competitiva, aumentar a produtividade e melhorar o bem-estar".
Os princípios sobre a redução da jornada de trabalho dos funcionários é resultado de uma troca de experiências com a empresa de planejamento imobiliário neozelandesa Perpetual Guardian, que se destacou nas mídias no ano passado, por ser a pioneira em reconhecer ganhos de produtividade com a ideia.
A aplicação da nova jornada de trabalho também é vista com bons olhos pela primeira-ministra Jacinda Ardern, que encorajou as empresas a adotar o método de semanas de quatro dias durante a pandemia. Hoje, como o país é um dos poucos a ter controlado a transmissão do coronavírus, ela entende que mais dias livres poderiam impulsionar o turismo doméstico.
Fontes