Um posicionamento divulgado hoje (27) pelo Conexis Brasil Digital, sindicato que representa as principais operadoras de telecomunicações do Brasil, revela que as empresas do setor defendem um debate aberto transparente e técnico a respeito de possíveis restrições a entradas de companhias na competição pelo fornecimento da rede 5G no Brasil, já que os impedimentos poderiam impactar o desempenho do setor.
"Diante do nosso papel fundamental na implementação da tecnologia no país, e preocupadas com as incertezas geradas por essas discussões, ressaltamos a necessidade de transparência de todo o processo, prezando assim pelo princípio fundamental da livre iniciativa presente em nossa Constituição Federal", defendem, complementando que desequilíbrios de custos e atrasos processuais afetariam diretamente a população.
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Sem citar diretamente o nome da Huawei, o texto lembra, também, que todos os fornecedores têm presença no país desde o 2G. Privá-los desse acesso "pode atingir também a integração com a infraestrutura já em operação, com consequências diretas nos serviços oferecidos e custos associados, mais uma vez prejudicando os cidadãos brasileiros usuários dessa infraestrutura."
"O 5G será um dos principais marcos da revolução tecnológica em curso e um vetor fundamental de crescimento do país. Por isso, um debate amplo e o caráter técnico das decisões associadas serão fundamentais para o futuro da economia brasileira", diz o Conexis, do qual fazem parte Algar, Claro, TIM e Vivo, entre outras.
Impedimentos poderiam prejudicar a implementação dos serviços e prejudicar a população, defendem operadoras.Fonte: Pexels
Conhecimento técnico e diálogo
Ainda de acordo com o documento, as operadoras têm participação de 4% no PIB nacional, geram 2 milhões de empregos diretos e indiretos, investiram ao longo dos anos mais de R$ 1 trilhão e são grandes pagadoras de impostos, ressaltando que podem propor soluções técnicas "eficazes nas discussões que envolvem toda [a] cadeia de produtos e serviços, preservando a segurança do país."
"Prezando pelo diálogo, reforçamos nossa disposição para contribuir nesta relevante construção da política pública, que levará o Brasil ao futuro com o 5G, e pavimentará a economia 4.0 no país, garantindo continuidade e evolução aos serviços essenciais prestados por nosso setor a toda a população brasileira", finaliza.
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