Se alguém tem algo a comemorar neste 2020 tenebroso, é a Xiaomi: na divulgação de seu relatório financeiro, a empresa chinesa revelou um aumento de 19% no lucro líquido do terceiro trimestre, creditados principalmente à venda de mais de 44 milhões de smartphones no período – um crescimento de 45% em relação aos mesmos meses de 2019.
A receita da gigante chinesa com smartphones cresceu US$ 7,7 bilhões, um aumento de 47,5% em relação a 2019; no trimestre, ela foi de US$ 8,15 bilhões para US$ 10.93 bilhões. A empresa tem encomendas para mais de cem milhões de telefones, a serem enviados nos próximos seis meses – um aumento de 50% nas projeções feitas antes das sanções impostas à Huawei, que continua em segundo lugar entre os líderes do mercado.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
A Xiaomi agora ocupa a terceira posição no ranking liderado pela Samsung (que registrou um crescimento pífio de 2,2% no trimestre), e empurrando a Apple para o quarto lugar. Em quinto está a Oppo, registrando uma pequena queda de 2,3%.
Ganhando mercado
Segundo a empresa de análise de dados Strategy Analytics, a Xiaomi aproveitou a as dificuldades da Huawei para crescer no mercado europeu, especialmente Reino Unido, na França e Espanha (onde está frente até da Samsung). Na Itália, a gigante chinesa conquistou uma participação de mercado de 19%, com três de seus dispositivos entre os mais populares do ano. O mesmo quadro se repete em outros países, como França e Alemanha.
Somente da Índia a Xiaomi mantéem seis fábricas de smartphonesFonte: India Today/Reprodução
De acordo com um relatório da empresa de pesquisas Gartner, o mercado geral de smartphones encolheu 5,7% em um ano, principalmente por conta da pandemia de covid-19, cujo impacto nas linhas de produção ainda estão sendo absorvidos.
Segundo o diretor de pesquisa Anshul Gupta, “pela primeira vez este ano, as vendas de smartphones para usuários finais em três dos cinco principais mercados, ou seja, Índia, Indonésia e Brasil, aumentaram em 9,3%, 8,5% e 3,3%, respectivamente, mesmo os consumidores limitando seus gastos”.
Fontes