A smart TV fez jus ao nome (TV inteligente em inglês) e passou a incorporar na televisão funções semelhantes às de um smartphone. A partir daí, o “telespectador” se transformou em “usuário” e passou a escolher o que queria assistir e, o que é mais importante, em qual hora assistir.
Mas as novidades não pararam por aí: a smart TV permite acessar sites, fazer buscas e pesquisas, ler e-mails, conectar-se às redes sociais, jogar video game e aposentar até mesmo os serviços de TV a cabo, trocando-os por streaming.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Comprando uma smart TV
Vamos iniciar com um segredo: comprar uma televisão no Natal ou na Black Friday é a mesma coisa. O que queremos dizer é: sempre é meio opressivo e assustador, tanto devido aos preços quanto às opções. TVs do mesmo tamanho têm variações chocantes de preço, os fabricantes (e os vendedores) inventam uma série de recursos que você não vai usar, tecnologias meio bizarras e exigências "nada a ver" sobre qualidade de imagem só para você gastar mais.
O objetivo deste pequeno tutorial é fornecer informações fáceis de entender que possam ser úteis na hora de comprar a melhor smart TV para você. Não vamos responder a todas as questões nem fazer "previsões astrológicas" como "qual TV vai fazer você feliz?". Mas, após a leitura, você saberá o básico para se sentir confortável em relação a qual comprar.
Tamanho
O tamanho da TV é um dos principais itens a serem analisados. Uma smart TV de 26 polegadas deve ficar a uma distância de, pelo menos, 1 metro, mas nunca superior a 2 metros. Já um aparelho de 42 polegadas deve manter uma distância de 1,60 metro dos olhos do espectador, porém inferior a 3,20 metros. É preciso também pensar no tamanho do cômodo: muita gente sonha com uma TV de 110 polegadas, mas às vezes se esquece de que a tela chega quase a 2 metros de largura.
Tipo de tela
Painéis OLED e LED são bastante diferentes e trazem resultados diferentes na imagem. (Divulgação/LG)
Algumas TVs disponíveis no mercado ainda utiliza telas de LCD, mas elas vêm sendo substituídas pelas de LED, que consomem até 40% a menos energia e são mais finas do que as de LCD porque são iluminadas por diodos emissores de luz. As cores ficam mais vivas porque os cristais líquidos filtram as cores e, como não ocorrem oscilações na luz, também não há perda de brilho. Atualmente, as TVs de LED evoluíram para OLED e QLED.
O significado de OLED é organic light-emitting diode (em tradução livre "diodo orgânico que emite luz"). Isso significa que a tela OLED tem uma luz emitida por compostos orgânicos que, em contato com a eletricidade, produzem cores naturais. Os pixels acendem e apagam sozinhos, fortalecendo contrastes e intensificando os tons de preto. É por isso que a cor preta é de verdade em displays OLED. Esse tipo de painel é bastante maleável, e a LG inclusive já lançou uma TV que esconde sua tela enrolada dentro da base.
A tecnologia QLED ainda é de uso exclusivo dos modelos top da Samsung. São as telas chamadas de Quantum Dot (pontos quânticos). Trata-se de uma mistura entre a tecnologia de ponta da Samsung com a "antiga" LED. Ela absorve e emite novamente a luz em uma onda diferente, simulando o que acontece em painéis OLEDs, só que por um valor mais em conta.
OLED ganha ligeiramente da QLED em uma comparação direta, mas essa "novidade" da Samsung não corre o risco de sofrer burn-in, que é a mancha causada pela exibição contínua de imagens estáticas pela tela.
Resolução
A característica mais importante na hora de assistir TV é a imagem que, por sua vez, depende da resolução da tela que é determinada pela quantidade de pixels, aqueles pontinhos quadradinhos que formam imagens.
Antes, a resolução HD era a mais comum, mas foi logo substituída pelo Full HD. No momento, contudo, quem reina nas prateleiras das lojas é a 4K. Essa resolução também é conhecida como Ultra HD e espalha 3840 x 2160 pixels pelo display. Ela traz mais definição de imagem, fazendo com que os cenários ganhem detalhes que não podiam ser vistos antes.
Para a sua próxima smart TV, recomendamos que a tela seja pelo menos 4K. Sim, a 8K já existe, mas ainda é cara demais para ser sugerida. Além disso, conteúdo em 8K ainda é escasso em séries e filmes.
Taxa de atualização
A taxa de atualização é a frequência em hertz, o que significa o número de vezes em que uma imagem é atualizada na sua telinha, ou seja, de nada adianta seu jogo rodar a 200 fps se a taxa de atualização é de "apenas" 60 Hz. Quanto maior for o número de Hz, maior será a qualidade da cena em movimento. Hoje existem modelos com até 120 Hz, mas o padrão da maioria é 60 Hz. Por isso, na hora de comprar uma smart TV, garanta que ela entregue no mínimo 60 Hz.
Se você pretende pegar pesado nos jogos, principalmente via PC, PS5 e Xbox Series X recomendamos escolher um modelo com 120 Hz, como as OLEDs da LG e QLEDs da Samsung.
Sistema operacional
As TVs modernas, tal como os smartphones, também apresentam um sistema operacional que permite a você acessar a dezenas de aplicativos, navegar na internet e até se conectar a outros aparelhos por meio do Wi-Fi ou Bluetooth. É importante comprar um modelo que ofereça exatamente o que você está procurando.
Netflix e Amazon Prime Video são os básicos, porém alguns equipamentos vão além e contam com uma grande variedade de apps. Abaixo, listamos alguns dos principais.
Categorias