Enquanto o mundo assiste a uma das mais disputadas eleições presidenciais dos EUA, as redes sociais tentam conter a avalanche de desinformação que chega de todos os lados – e um dos primeiros a ser contido foi o candidato republicano e atual presidente, Donald Trump: o Twitter, depois de inúmeros avisos, decidiu limitar o alcance de suas publicações sobre a apuração dos votos.
Desde ontem, ele alega, sem provas, que o outro lado (no caso, o partido democrata do ex-vice-presidente Joe Biden) estaria “tentando roubar” as eleições, tirando “do nada” cédulas de votação em favor de seu adversário. Por isso, duas de suas publicações, postadas nesta quarta (4) tiveram o alcance reduzido.
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Enquanto avança a contagem dos votos, o Twitter continua a sinalizar a maior parte das publicações do presidente americano, com todos os alertas possíveis. Em algumas, o conteúdo permanece oculto – é preciso clicar em cima dela para ver o texto (as publicações foram mantidas no ar).
Avisos semelhantes estão sendo incluídos em postagens nas redes sociais mais populares. No Facebook, as publicações do presidente americano também recebem diversos alertas (mas não ficam ocultas por eles, como no microblog).
O Instagram também começou a incluir avisos nas postagens dos dois candidatos relacionadas às eleições:
Contenção de fake news
Tanto o Twitter (que, em comunicado, justificou os fartos alertas na conta do atual presidente americano por ele ter começado a "fazer declarações prematuras de vitória") como o Facebook já haviam anunciado que agiriam para conter a onda de desinformação sobre o resultado das eleições nos EUA.
Cerca de cem milhões de pessoas votaram antecipadamente – 64 milhões de eleitores enviaram sues votos pelos correios para evitar a pandemia, enquanto 36 milhões anteciparam sua ida às seções eleitorais. Os cerca de cem milhões de votos correspondem a 72,7% do total (136,7 milhões) depositado nas urnas nas eleições presidenciais americanas em 2016.
Por conta de o sistema eleitoral prever três modos diferentes de votação, a apuração segue lenta em alguns estados, com denúncias de fraudes, roubo de urnas e invasão onde os votos estão sendo contados (o que foi devidamente apontado pelo presidente americano e sinalizado pelo Facebook).
Fontes