Nesta terça-feira (27), o governo dos Estados Unidos deu “sinal verde” para negociações entre a Samsung e a Huawei. A divisão de telas da companhia, a Samsung Display, recebeu autorização para continuar fornecendo hardware para a concorrente chinesa e minimiza o impacto da guerra comercial.
Apontado pelo site Reuters, a Samsung Display recebeu licenças de autoridades norte-americanas para continuar fornecendo alguns tipos de painéis para a Huawei, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto.
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Contudo, informações relacionadas ao sinal verde estadunidense não são claras: o acordo não menciona o fornecimento de telas OLED para a Huawei, já que outras empresas que compõem a cadeia de produção também precisariam ter seu acordo aceito pelo governo norte-americano. A marca se negou a comentar sobre o assunto quando contatada pela Reuters.
Telas OLED são extremamente populares nos lançamentos mais recentes.Fonte: VisualHunt
Todas as empresas que antes faziam negociações irrestritas com a fabricante chinesa aguardam em fila pela autorização de suas negociações. O grupo composto pela Qualcomm, MediaTek, Sony e Samsung Electronics precisa que o governo norte-americano permita negociações sem penalidades para continuar fornecendo chipsets, processadores, sensores de câmera e mais hardware.
Liderança intacta
De acordo com documentos liberados pela fabricante, a empresa faturou cerca de US$ 100 bilhões nos três trimestres de 2020, valor 9,9% superior ao mesmo período em 2019. Em termos gerais, a companhia alcançou as expectativas estabelecidas até o momento, e deve seguir até o final do ano com contas favoráveis.
Ainda assim, as finanças da companhia não saíram totalmente ilesas dos bloqueios. Além de precisar negociar diretamente com fornecedores locais, a empresa precisou voltar seu negócio totalmente para o público chinês — o que gera uma enorme dor de cabeça. Em comunicado, a empresa diz "fazendo o melhor para encontrar soluções, sobreviver e seguir adiante".
Até que a Samsung ou Huawei se pronunciem, não há meios para descobrir os frutos da autorização dos EUA. Se nenhuma das companhias se manifestar, restará aguardar por um próximo lançamento de flagship da fabricante chinesa para conferir se os painéis OLED poderão ser equipados em celulares da companhia.