Para bater o poder da Amazon no segmento de computação em nuvem, a Microsoft achou um aliado de peso: a SpaceX. A gigante de tecnologia vai fornecer serviços de armazenamento em nuvem para clientes militares e comerciais da empresa aeroespacial de Elon Musk e suporte à sua constelação de satélites.
O foco da Microsoft será o armazenamento de dados da constelação de satélites StarlinkFonte: Starlink/Divulgação
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A parceria, anunciada formalmente nesta terça-feira (20), é uma resposta da Microsoft à unidade de negócios da Amazon, lançada em junho, voltada para negócios relacionados ao espaço. Jeff Bezos é o concorrente natural de ambas as companhias, por ser dono de um sistema de computação na nuvem e de uma empresa aeroespacial (a Blue Origin).
A Microsoft caberá criar redes integradas conectando recursos de nuvem, espaciais e terrestres, armazenando e analisando grandes volumes de dados. Isso é essencial para o desenvolvimento e manutenção de missões espaciais como a vigilância de detritos e mais satélites em operação e descomissionados na órbita da Terra, e de sistemas de alertas de mísseis.
Contratos militares
Além da SpaceX, a empresa fundada por Bill Gates também fechou parceria com a SES S.A., empresa de Luxemburgo que opera uma rede de satélites em órbitas altas da Terra. Não foi divulgado quanto a empresa está investindo no negócio, mas não é pouco.
Segundo analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, serviços em nuvem relacionados ao espaço têm poder de gerar receitas da ordem de US$ 15 bilhões até o fim desta década. Com a pandemia, as empresas decidiram acelerar a mudança para a nuvem; além disso, a retomada da exploração espacial fez com que agências espaciais e militares aumentassem seus gastos.
Enquanto a SpaceX ganhou recentemente um contrato para demonstrar uma nova geração de satélites de alerta de mísseis, a Microsoft suplantou, em 2019, a Amazon na disputa pelo serviço de computação em nuvem para o Pentágono, no valor de US$ 10 bilhões.
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