De acordo com o Wall Street Journal, a AMD está em estágio avançado de negociação para comprar a Xilinx por US$ 30 bilhões, o que pode ser concretizado até o final da semana que vem.
Com a compra da Xilinx, especializada em chips programáveis para redes sem fio, a AMD ganhará uma base sólida em uma indústria que está em plena expansão. Atualmente, a implementação de redes 5G, por todo o mundo, “força” operadoras a investir bilhões de dólares para modernizar suas infraestruturas de telecomunicações, a fim de se adequarem à nova tecnologia.
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Um dos chips para redes sem fio da Xilinx.Fonte: Xilinx/Divulgação
Nesse sentido, há um longo caminho pela frente, até que todos os países tenham o 5G como rede móvel padrão em seus territórios. Isso, sem falar no que ainda está por vir, como as redes 6G.
É claro que essa aquisição da Xilinx também pode ser uma resposta da AMD à Nvidia, que comprou a ARM por US$ 40 bilhões no mês passado. A ARM projeta chips de silício e licencia conjuntos de instruções que controlam como esses processadores se comunicam. Com isso, a propriedade intelectual da empresa é utilizada por gigantes como Apple, Samsung, Qualcomm, Huawei, entre outras.
No ano passado, a Nvidia também “deu uma ótima cartada”, ao adquirir a Mellanox, especializada em chips de alta performance, por US$ 6,9 bilhões.
Voltando à AMD, em 2006, a companhia comprou a ATI, fabricante de chips gráficos, por US$ 5,4 bilhões.
Ontem (08), a AMD realizou um evento virtual para apresentar sua nova linha de processadores Ryzen série 5000 (arquitetura Zen 3), e as novas placas de vídeo Radeon RX série 6000. Segundo a doutora Lisa SU, CEO da companhia, os novos chips para desktop conseguiram, enfim, bater seus rivais Intel em jogos, e aumentaram ainda mais sua vantagem em aplicações profissionais. Já a nova GPU topo de linha, deve entregar desempenho otimizado mesmo na resolução 4K.