A Apple abriu um processo no Canadá contra uma das empresas parceiras do sistema de reciclagem de materiais de aparelhos usados. De acordo com a denúncia, a GEEP Canada teria desviado dispositivos que seriam desmontados e revendeu os modelos usados. Mais de 100 mil dispositivos, entre iPhones, iPads e Apple Watches foram reaproveitados no esquema.
Como indenização, a Apple pede 31 milhões de dólares canadenses em danos e o valor total obtido pela companhia na revenda dos eletrônicos usados. A GEEP Canada era uma contratada desde 2014 e tinha como obrigação destruir os aparelhos e separar componentes para reciclagem — uma prática já antiga da Apple para reaproveitar materiais, sendo que ela possui até mesmo um robô próprio para fazer parte do processo. Mesmo assim, ela depende de parcerias para dar conta de todo o estoque. A reciclagem é não apenas um processo sustentável, como impede que dispositivos que podem não funcionar corretamente continuem circulando.
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Segundo a reportagem, a Apple descobriu o esquema ao fazer uma vistoria no armazém e descobrir lotes de eletrônicos intactos, em um local longe das câmeras de segurança. Ao verificar a conectividade, ela descobriu que 18% dos modelos enviados ao galpão ainda tinham conexão às redes de celular, indicando o desvio. Ou seja, é possível que as estimativas sejam generosas e a quantidade de modelos revendidos seja ainda maior, pois não levam em conta dispositivos sem conectividade LTE.
A resposta da GEEP
O processo foi aberto pela Apple em janeiro de 2020, mas a empresa cortou laços com a marca canadense antes disso, logo após descobrir a fraude.
Em resposta, a GEEP Canada abriu uma ação judicial de resposta. Porém, em vez de negar as acusações, ela alega que somente três funcionários "rebeldes" teriam participado do esquema e que terminar o contrato não era justo. A Maçã, entretanto, argumenta que os empregados na verdade eram executivos sênior e que não há como a empresa não ter desconfiado ou participado como um todo.
Fontes