Segundo a Agência Reuters, o presidente Vladimir Putin propôs nesta sexta-feira (25) um acordo entre a Rússia e os Estados Unidos para garantir neutralidade na interferência cibernética durante as eleições em ambos os países.
Às vésperas da eleição presidencial dos Estados Unidos em 3 de novembro, o presidente russo propõe uma cooperação na área de tecnologia que funcionaria como uma espécie de pacto de não-agressão cibernética.
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Em um comunicado, o Kremlin explica que a proposta a Washington inclui "trocar garantias mútuas de não interferência, incluindo os processos eleitorais", firmar um acordo num "conjunto de medidas práticas" e um pacto mundial contra as agressões que utilizam "tecnologias da informação e comunicação".
A proposta de Putin estabelece que as duas superpotências cheguem a um entendimento para evitar grandes incidentes no ciberespaço, semelhante, segundo o russo, ao tratado americano-soviético de 1972, quando Richard Nixon foi a Moscou, numa busca de evitar incidentes marítimos e aéreos entre as duas nações.
O presidente russo também pediu que sejam restauradas as linhas de comunicação entre as agências de segurança da Rússia e dos EUA para discutir as principais informações internacionais sobre o assunto.
Fonte: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin/ReproduçãoFonte: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin
Interferências em campanhas eleitorais
No que se refere às eleições, a Rússia nega veementemente qualquer tentativa de interferência na campanha eleitoral de 2020, mas há evidências em contrário. O país é acusado há vários anos de utilizar hackers e fábricas de trolls na internet, e de divulgar informações falsas virais para influenciar processos eleitorais em diversos países.
As agências norte-americanas de inteligência chegaram à conclusão de que houve interferência russa na eleição presidencial em 2016, com o objetivo de favorecer o presidente Donald Trump.
Há duas semanas, a Microsoft reportou que hackers ligados à Rússia, China e Irã estavam tentando espionar pessoas ligadas a Trump e Biden, sendo que a campanha do candidato democrata foi alvo de suspeita de invasão por hackers russos, segundo a Reuters. China e Rússia negaram as acusações.
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