A fabricante multinacional do ramo de telecomunicação, Ericsson, apresentou nesta terça-feira (22) uma proposta para a elaboração de um Plano Nacional para a rede 5G. O anúncio foi feito no Painel Telebrasil, pelo presidente da companhia para a região Sul da América Latina, Eduardo Ricotta, que espera a colaboração do governo para implementar a tecnologia.
Para Ricotta, o adiantamento do leilão de espectros que ocorreria este ano, para 2021, — referentes as faixas de frequência e bandas de transmissão de dados, como 700 MHz; 2,3 GHz ou 3,5 GHz, por exemplo — é algo positivo e indica que o plano será executado de maneira correta e bem feita, a fim de evitar futuros arrependimentos.
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Durante a apresentação, o representante sul-americano da Ericsson fez algumas recomendações sobre a implementação do Plano Nacional para a Rede 5G. Para ele, o Brasil deve estimular a criação de novos serviços, possibilitados pelo surgimento de novas tecnologias e também reforçou a importância dos investimentos na área da educação — sobretudo nas universidades — e indústrias para a criação de parcerias de pesquisas tecnológicas.
Torres de celular em colina dos Estados Unidos. (Fonte: Pexels)Fonte: Pexels
Eduardo Ricotta também recomendou que o espectro disponível para a rede deve ser amplo e barato, ao considerar que o Brasil tem o custo de espectro mais caro do mundo, se comparado ao seu uso per capta. Para ele, o preço dos equipamentos deve ser considerado junto do custo das bandas, visto que para as operadoras, o fundo dedicado à implementação será o mesmo.
Outro fator recomendado foi diminuição dos impostos e tributos sobre o setor, que atualmente representam um empecilho na expansão da rede. Ademais, Ricotta também acrescentou que o Plano Nacional para a Rede 5G deve estar de acordo com os novos padrões mundiais de segurança de dados e ressaltou, por fim, que o Governo Brasileiro deve criar medidas e mecanismos de incentivo à adoção de tecnologias de alto impacto em setores de prioridade, como a saúde, indústrias e agronegócio.
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