Nesta sexta-feira (11), ocorre uma audiência de conciliação para definir os rumos da greve dos Correios. Agendada para 15h pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), a reunião vai possibilitar que representantes da classe trabalhadora e autoridades da estatal discutam as condições de um possível acordo. Os funcionários, no entanto, não acreditam que a estatal aceitará suas exigências.
[Atualização: Greve dos Correios: audiência de conciliação termina sem acordo]
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
A principal demanda da categoria é a continuação do acordo coletivo realizado em 2019, com vigência prevista até 2021, que foi suspenso pelos Correios em razão da pandemia — excluindo 70 cláusulas trabalhistas.
Enquanto os funcionários defendem que tais cláusulas representam direitos adquiridos, a estatal justifica que a suspensão partiu da necessidade de “adequar benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado”. Entre os benefícios retirados, estão a licença-maternidade de 180 dias, o pagamento de adicional noturno, o auxílio-creche e a indenização por morte.
Funcionários não esperam acordo
Nesta sexta, a greve completa 25 dias e, caso as partes não cheguem a um denominador comum, o caso será levado a julgamento no Supremo Tribunal do Trabalho (STF). “Até lá, a greve continuaria”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios, Marcos Cesar Alves.
“O atual presidente dos Correios nunca recebeu um representante dos trabalhadores, diferentemente de seus antecessores. Nossa expectativa é que não seja alcançado um entendimento na audiência de conciliação, mas o resultado do encontro na verdade é um pouco imprevisível porque o alto escalão da empresa não conversa diretamente conosco", disse.
Sindicatos contra privatização
A categoria também é contra a privatização da estatal, que será regulamentada pelo governo nas próximas semanas. “O governo busca a qualquer custo vender um dos grandes patrimônios dos brasileiros, os Correios, e entregá-lo a empresas estrangeiras”, criticou José Rivaldo da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentec).
Fontes