A guerra judicial entre a Apple e a Epic Games parece estar longe de terminar. Agora, ela acabou de ganhar um novo capítulo, com a Maçã movendo um novo processo contra o estúdio de jogos, acusando-o por roubo de comissão em Fortnite.
A princípio, a Epic havia processado a Apple pelo banimento de Fortnite da App Store. A juíza Yvonne Gonzalez Rogers reconheceu o direito sobre a atitude da Apple, visto que a Epic infringiu as políticas da loja do iOS como um movimento premeditado. O estúdio de games vinha cumprindo todas as obrigações contratuais até resolver, por conta própria, que deveria incluir um sistema de cobrança no aplicativo do jogo, com descontos, que não repassava a taxa de 30% sobre as transações efetuadas na loja de apps móveis da Maça.
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Em teoria, essa taxa é cobrada a todos os estúdios e desenvolvedores que publicam apps na plataforma do iOS e macOS. Ênfase em "teoria".
Tim Cook, CEO da Apple.Fonte: Xiaomist/Reprodução
Após o banimento do Fortnite, a Apple também queria impedir que a Epic continuasse suportando a plataforma de desenvolvimento Unreal Engine no iOS e macOS, o que encerraria o suporte de dezenas de jogos de empresas parceiras e desenvolvedores independentes nesses sistemas. Esta ação foi impedida pela juíza, que entendeu que terceiros não deveriam ser prejudicados pela disputa entre as duas companhias.
No novo processo, a Apple enfatiza seus argumentos sobre a Epic ter praticado roubo de comissão em Fortnite, citando que a desenvolvedora de jogos foi “ingrata”, e se aproveitou da plataforma da App Store para registrar “quase 130 bilhões de downloads em 174 países, arrecadando mais de meio bilhão de dólares” em dois anos.
A ação ainda sugere que a Epic decidiu romper com as políticas da App Store por se considerar “bem-sucedida demais para seguir as mesmas regras que todas as outras empresas”.
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