O WhatsApp Pay terá o seu funcionamento liberado no Brasil, permitindo a realização de pagamentos pelo app de mensagens. A confirmação foi dada ontem (2) pelo presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto, à Bloomberg.
Durante participação no evento Bloomberg Emerging + Frontier, o executivo afirmou que o recurso “será aprovado” pela instituição, após o serviço passar pelo processo regulatório normal, atenuando as preocupações em relação à proteção de dados e à concorrência.
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Anunciada em junho, a chegada do serviço de pagamentos pelo WhatsApp ao Brasil acabou suspensa pelo BC. Conforme Campos Neto, a função pode atingir mais de 100 milhões de pessoas, tendo um alto poder de influência no mercado. Por isso, o processo de liberação não podia ser acelerado, devendo seguir os trâmites normais de qualquer acordo semelhante.
Não há cobrança de taxas para pessoas físicas utilizarem a ferramenta.Fonte: WhatsApp/Divulgação
Já sobre a chance de lançamento do serviço de pagamentos do WeChat no Brasil, o presidente do BC não foi tão otimista, citando a dificuldade da instituição em monitorar “aglomerados independentes”.
Como vai funcionar?
O serviço de pagamentos dentro do WhatsApp vai permitir o envio e o recebimento de dinheiro entre os usuários do mensageiro e o pagamento de compras em lojas físicas, utilizando cartões de débito e crédito.
Nas transferências de pessoa para pessoa, cada usuário poderá fazer até 20 operações por dia, exclusivamente por cartão de débito, cada uma limitada a R$ 1 mil — há, ainda, um limite mensal de R$ 5 mil. Para pagar uma empresa, também é possível incluir cartão de crédito e não há limite.
Para evitar transações não autorizadas, as operações serão protegidas por recursos de segurança, como o PIN do Facebook Pay e a biometria (nos dispositivos que ofereçam essa alternativa). Outro detalhe é que a novidade será oferecida, inicialmente, apenas para os clientes do Banco do Brasil, Nubank e Sicredi, com cartões das bandeiras MasterCard e Visa.
As transações serão processadas pela Cielo, mas segundo a Bloomberg, há a possibilidade da entrada de outras empresas.