A Oi recebeu um pedido de falência relacionado a dívidas trabalhistas de R$ 13 mil que estariam pendentes desde 2016. O requerimento, feito por um ex-funcionário terceirizado da operadora, foi listado na seção de falências da edição do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (17).
Após a publicação da notícia, a Bolsa de Valores brasileira pediu esclarecimentos da empresa, que alegou não ter "conhecimento do pedido de falência em questão e reitera que tem cumprido suas obrigações de pagamento de forma regular, em especial as previstas em seu Plano de Recuperação Judicial".
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Dívidas trabalhistas confirmadas
Segundo uma apuração do Money Times, o requerente chamado Igor de Araújo trabalhou para a Petromare Telecomunicações e Serviços, fundada no Rio de Janeiro para a implantação da OiTV, e foi demitido em setembro de 2015. Apesar de a terceirizada ser a ré principal do processo, a Oi foi citada como devedora subsidiária.
Em abril de 2017, o valor da causa somava R$ 13 mil e incluía o pagamento de aviso prévio, férias vencidas, 13º salário proporcional, entre outros direitos requeridos. A juíza Élen Cristina Barbosa Senem, responsável pelo caso, alegou "incontroverso o inadimplemento", então a Petromare certamente não pagou o que devia a Araújo.
Queda na Bolsa de Valores
A última cotação da OIBR3 em 17 de agosto de 2020 aparece destacada em verde.Fonte: Kris Gaiato/Reprodução
No entanto, a empresa está envolvida em outros processos trabalhistas e, sem capital para arcar com as multas, chegou a ter seus bens leiloados. Com isso, a dívida da empreiteira recai sobre a Oi, já que ela figura no processo como devedora subsidiária.
Além de ser questionada pela Bolsa de Valores sobre o assunto, a operadora notou a insatisfação dos investidores durante o pregão desta segunda-feira (17), quando as ações da empresa (OIBR3) terminaram o dia com queda de 4,32%, cotadas em R$ 1,55.
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