A arena da briga que a Epic Games comprou com a Apple e a Google é um mercado que movimentou mais de US$ 120 bilhões em games no ano passado. As três empresas têm a perder com isso – a questão é quanto.
Os números são gigantes: em 2019, Fortnite gerou uma receita total e planetária de US$ 1,8 bilhão (foi o jogo que mais faturou no ano passado), tendo sido baixado 133 milhões de vezes em smartphones.
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Na versão para iOS, o game já rendeu à Apple U$ 360 milhões, com mais de 130 milhões de downloads. A versão Android de Fortnite foi baixada 11 milhões de vezes, gerando para a Google um lucro de US$ 3 milhões (o desempenho é mais modesto porque é possível baixar aplicativos Android fora da Play Store).
Minha loja, minhas regras
As duas plataformas para vendas de apps exigem que as compras dentro dos aplicativos sejam processadas por elas, por uma comissão de 30%. Foi essa a briga que a Epic resolveu provocar, ao oferecer aos jogadores de Fortnite outra opção de pagamento que não via lojas oficiais. Por conta disso, o jogo foi banido das duas. O movimento seguinte foi da Epic: entrou na justiça, alegando monopólio.
A empresa agora oferece outra opção de pagamento que não via lojas oficiais de apps.Fonte: Epic Games/Reprodução
De um lado, o CEO da Epic, Tim Sweeney, argumenta que, juntas, Apple e Google dominam o cenário de SO, o que permite que elas não cobrem preços “justos”. Apple e Google dizem que há trabalho e muito dinheiro envolvidos em suas respectivas plataformas mobile e, por isso, cobram o quanto quiserem – as duas são empresas, não serviços públicos.
Fortnite pode ser jogado em celulares, computadores e consoles; a Epic tem margem para perder usuários de iPhone. Por outro lado, a Apple é a empresa de tecnologia que mais vale no planeta: US$ 1,4 trilhão, enquanto a Alphabet (controladora da Google) foi avaliada em US$ 1 trilhão.
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