As operadoras Claro, TIM e Vivo fecharam um acordo de exclusividade com a UPI Ativos Móveis para comprar Oi Móvel, informou a CVM nesta sexta-feira (07). A nova proposta de R$ 16,5 bilhões superou a oferta anteriormente firmada com a concorrente Highline, que foi descartada da negociação.
A proposta das operadoras é válida até 11 de agosto de 2020 e será renovada automaticamente, salvo em caso de manifestação de alguma das partes. Por se tratar de uma oferta vinculante, as empresas têm o direito garantido de cobrir outras propostas, assumindo uma condição conhecida como "stalking horse".
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
TIM comprará maior fatia da Oi Móvel
Caso a transição seja realizada, a TIM vai pagar entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões para levar a maior parte da Oi Móvel. Isso porque as operadoras pretendem distribuir os clientes proporcionalmente entre cada DDD e a TIM possui uma participação geral menor do que as demais empresas.
No entanto, em São Paulo (DDD 11), a Claro poderá assumir as linhas da Oi, já que ocupa o 3° lugar no market share com apenas 23% dos chips. A Vivo, por sua vez, iria assumir os clientes da operadora no Rio de Janeiro (DDD 21).
Para evitar que a transação seja reprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o espectro da Oi Móvel será divido entre todas as companhias sem ultrapassar o limite máximo da Anatel (172,5 MHz nas faixas 1 GHz a 3 Ghz, que pode chegar até 230 MHz com autorização). Dependendo do estado, a Oi acumula entre 80 MHz a 95 MHz.
Compra da Oi Móvel em 2021
A venda da operadora só deve ser concluída em 2021, já que o Cade possui um prazo de até 330 dias para aprovar ou não a transação. Segundo a Telecom Itália, dona da TIM Brasil, as negociações finais vão acontecer somente no último trimestre do próximo ano.
Fontes