A Qualcomm está discutindo com o governo dos Estados Unidos para voltar a vender chips à Huawei, fabricante chinesa que foi banida de fazer negócios na terra do Tio Sam. De acordo com o Wall Street Journal, a dona dos chips Snapdragon argumentou que a proibição pode alavancar concorrentes no exterior.
Segundo o jornal, a Qualcomm disse que a barreira comercial pode ser positiva para a Samsung, que tem sede na Coreia do Sul, e a taiwanesa MediaTek. Enquanto a companhia estadunidense perdeu uma grande cliente, as concorrentes poderiam fazer negócios com a Huawei sem barreiras comerciais.
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A Qualcomm está proibida de vender chips para a HuaweiFonte: Reuters
A empresa de chips para celular está buscando uma liminar que libera os negócios entre a Huawei e algumas empresas "privilegiadas" dos Estados Unidos. A Casa Branca já ofereceu o benefício para firmas como Microsoft e a fabricante de memórias Micron, o que pode servir como esperança para a Qualcomm.
Cliente importante
De acordo com a Qualcomm, a proibição de negócios com a Huawei compromete aproximadamente US$ 8 bilhões anuais na venda de componentes. Além de perder uma cliente para os processadores Snapdragon, a firma também não consegue oferecer sua linha de chips 5G para a fabricante, que domina o mercado mobile da China.
Proibição de negócios com a Huawei afeta crescimento de 5G da QualcommFonte: Reuters
A Huawei está entre as três maiores fabricantes de smartphones do mundo e, mesmo com o banimento nos Estados Unidos, a companhia ainda apresenta números expressivos de vendas. A empresa se adaptou às regras impostas pela Casa Branca e agora utiliza em seus aparelhos somente chips Kirin, feitos pela subsidiária HiSilicon, além da versão de código aberto do Android.
Recentemente, porém, o governo dos Estados Unidos conseguiu fazer a TSMC parar de fabricar os chips da Huawei, o que colocou a empresa em mais um beco sem saída. A companhia está utilizando seus últimos estoques de componentes para o lançamento do Mate 40.
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