O Facebook finalmente conseguiu a aprovação da Apple para lançar o aplicativo do Facebook Gaming no iOS. Desde fevereiro de 2020, foram mais de cinco rejeições por parte da Maçã até que a plataforma fosse liberada na loja digital.
Segundo o Facebook, o problema seria a dupla função do serviço, que é primeiramente um meio de assistir ao streaming de jogos, mas que também oferece alguns mini-games. Para passar pela aprovação na App Store, a companhia se viu obrigada a remover os jogos do aplicativo e manter ele apenas como um reprodutor de vídeos. O motivo? O ato de "distribuir softwares" como se fosse uma loja de aplicativos é proibido no sistema operacional e a companhia evita ter concorrentes internos que ofereçam formas de entretenimento por fora da plataforma.
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Isso gerou um atrito entre as duas gigantes, já que a Maçã mantém essas políticas rígidas para liberar certos apps. O Facebook acusa a rival de usar o seu controle do sistema para piorar a experiência dos usuários em iPhones e iPads.
Briga de gente grande
Um dos últimos capítulos da briga foi o lançamento pela Apple de novas políticas de aprovação de apps na App Store, incluindo a possibilidade de recorrer de reprovações. O Facebook tentou usar o novo recurso, mas a empresa alega que nem chegou a receber uma resposta. Ele argumentou que, no Facebook Gaming para Android, 95% do tráfego vinha de streaming em vez dos mini-games, o que significa que a hegemonia da Apple em jogos não seria ameaçada.
"Até no aplicativo principal do Facebook e no Messenger, fomos forçados a enterrar o Instant Games por anos no iOS. Essa é uma dor compartilhada entre a indústria de games, pois em última instância fere jogadores e desenvolvedores, tensionando inovações no mobile para outros formatos, como jogos em nuvem", afirma o chefe da divisão do Facebook Gaming, Vivek Sharma, em um comunicado enviado ao site The Verge.
O controle da Apple sobre tanto os hardwares quanto a loja de aplicativos e eventuais benefícios dessa força é um dos casos investigados atualmente por processos abertos nos Estados Unidos e na União Europeia.
Fontes