O Procon de São Paulo emitiu um alerta sobre um novo golpe que está induzindo clientes de aplicativos como iFood e Rappi a pagarem valores mais altos do que o devido. Entre março e julho, o órgão de defesa do consumidor recebeu mais de 120 denúncias de paulistas que caíram no chamado "Golpe do Delivery", somando um prejuízo de quase R$ 600 mil.
Segundo os relatos, o roubo pode acontecer de duas formas. Na primeira, o entregador utiliza uma máquina com tela danificada e insere um valor superior ao da compra sem que o consumidor perceba.
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Caso o cliente tenha efetuado o pagamento direto no aplicativo, ele pode receber uma ligação do "restaurante", informando a necessidade do pagamento de uma taxa de entrega e pedindo os dados do cartão.
Apesar de os apps afirmarem que não devem responder por esses crimes, o Procon-SP abriu um inquérito policial no DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) para apurar as responsabilidades das empresas.
Como evitar esse golpe
Segundo o órgão de defesa do consumidor, os clientes não devem informar dados bancários por telefones ou utilizar máquinas com a tela danificada.
"O consumidor precisa saber desse golpe e se acautelar. Se ele tiver que fazer uma transação offline, ele precisa colocar os dados. Caso seja o entregador, o cliente precisa estar atento, checando o valor que está no visor e pedindo o comprovante da transação", disse o secretário de defesa do consumidor, Fernando Capez.
Fui vítima, o que devo fazer?
Caso você tenha caído no Golpe do Delivery, comunique o Procon para buscar o ressarcimento do dinheiro. Também é necessário registrar um boletim de ocorrência (BO) e informar o aplicativo do ocorrido.
Outra opção é ligar para a operadora do cartão para tentar cancelar a cobrança. Caso isso não funcione, entre em contato com a empresa responsável pela maquininha usada pelo golpista. Se a empresa não devolver o dinheiro, você pode abrir um processo judicial.
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