Sob investigação de um comitê da União Europeia por supostas práticas anticompetitivas de mercado, o Facebook virou o jogo e abriu um processo contra o próprio bloco regulador. A ação foi iniciada na metade deste mês e confirmada pela companhia à agência de notícias Reuters nesta segunda-feira (27).
A alegação é que os investigadores solicitaram informações excessivas por parte da rede social. Isso incluiria não apenas uma quantidade de dados inúteis para o veredito, mas também "informações além do que seria necessário", o que incluem dados sensíveis sobre as próprias operações e alguns de seus funcionários.
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As tais informações consideradas "irrelevantes" pelo Facebook incluem detalhes médicos e financeiros de colaboradores, além de informações sobre familiares dos funcionários. Elas foram solicitadas em um pacote de dados que poderiam conter conversas que sobre medidas de segurança adotadas na plataforma. Especificamente, o comitê pediu buscas por termos como "grande questão", "desligamento" e "não é bom para nós".
Em andamento
Até agora, o Facebook já forneceu 315 mil documentos à comissão, totalizando 1,7 milhão de páginas. Essa investigação em específico diz respeito às práticas do marketplace na rede social, a coleta de dados pessoais de usuários e de anúncios publicados na seção — e a decisão pode atrasar com esse novo processo.
O comitê vai recorrer da abertura da ação.