O trio formado pelo grupo Telefônica (dono da Vivo) e as operadoras TIM e Claro oficializou nesta segunda-feira (27) uma segunda proposta de aquisição da divisão de telefonia móvel da Oi. Desta vez, o valor é de R$ 16,5 bilhões e traz cláusulas adicionais.
A movimentação é uma resposta aos acontecimentos da semana anterior. As operadoras oficializaram uma primeira oferta vinculante conjunta, mas a divisão brasileira da companhia Highline recebeu a exclusividade sobre a oferta de compra até o começo do próximo mês. A mesma empresa também já teria oferecido cerca de R$ 1 bilhão pela divisão de torres da Oi.
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Agora, além de subir o valor inicial de R$ 15 bilhões, as operadoras sugerem também assinar contratos de longo prazo para uso da infraestrutura de rede da Oi. Essa seria uma nova fonte de receita à companhia, que está em recuperação judicial desde 2016. Apesar de já ter eliminado o risco de falência, ela ainda precisa equilibrar as contas para reduzir a dívida de ativos.
Reviravolta
Segundo o trio de operadoras, por terem sido o primeiro grupo a realizar uma proposta, elas têm o direito de cobrir eventuais propostas concorrentes para oferecer um valor maior com direito a outros incentivos.
"A revisão da oferta vinculante reafirma o interesse da TIM em relação à aquisição dos ativos móveis do Grupo Oi, bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no país", diz o comunicado oficial.
O resultado da briga será conhecido apenas após a realização da Assembleia Geral da Oi, quando os investidores planejam reformular o plano de reestruturação da companhia. A reunião está marcada para agosto deste ano.
Fontes