Nesta quinta-feira (16), o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, afirmou que grandes empresas americanas de tecnologias estão colaborando com o Partido Comunista Chinês. Segundo Barr, companhias como Google, Apple, Microsoft, Yahoo e até mesmo os Estúdios Disney, e os de Hollywood, estão dispostos a ceder às exigências do governo chinês com o "simples intuito" de garantir acesso ao vasto e lucrativo mercado daquele país.
"O Partido Comunista Chinês pensa em termos de décadas e séculos, enquanto tendemos a nos concentrar no próximo relatório trimestral de ganhos", disse Barr. "As grandes empresas de tecnologia da América também se permitiram se tornar peões de influência chinesa".
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Fonte: Pixabay/ReproduçãoFonte: Pixabay
Barr cogitou a ideia de que a Apple esteja desenvolvendo dispositivos especialmente de acordo com as necessidades do governo chinês, uma vez que, se a companhia estivesse mantendo seu padrão de segurança, impenetrável às autoridades do país, seus aparelhos nunca seriam comercializados na China.
O procurador-geral americano ainda disse que os estúdios de Hollywood, frequentemente, censuram seus filmes para poder amenizar as relações com o Partido Comunista Chinês.
Nas palavras de Barr, Walt Disney estaria desapontado se soubesse como o estúdio que fundou lida com as ditaduras estrangeiras atuais.
Esse foi apenas o último dos ataques do governo Trump à China, em um momento em que as relações entre as duas nações estão em seu nível mais delicado em décadas. Há alguns meses, o próprio Trump se referiu ao novo coronavírus como “vírus chinês”, dando a entender que o vírus foi criado intencionalmente, em laboratório.
Ditadura versus ditadura
Enquanto os americanos enaltecem o terror sobre a ditadura chinesa, Trump se consolida como o “presidente engajado nas redes sociais”, e que, comumente, se preocupa em deixar transparecer somente as ideias nas quais ele próprio acredita.
Após o episódio em que o presidente americano foi censurado por publicações que desrespeitavam as políticas do Twitter, houve uma tentativa de alterar a lei do país para retirar a autonomia das plataformas de redes sociais, sobre o direito de moderarem o conteúdo publicado.
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