A Apple vai pagar cerca de US$ 25 a cada usuário de iPhone que foi afetado pelas atualizações 10.2.1 e 11.2 lançadas em 2018, responsáveis por reduzirem o desempenho dos dispositivos. A empresa, que estava ciente deste problema e não notificou os usuários, foi condenada pela justiça norte-americana a pagar até US$ 500 milhões em indenizações.
O pagamento vai pôr um fim aos processos judiciais relacionados ao caso que, em 2018, foram consolidados em uma ação coletiva nos Estados Unidos. O valor total poderá variar de acordo com o número de usuários elegíveis, mas deve respeitar o limite mínimo de US$ 310 milhões.
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O escândalo BatteryGate
Esta polêmica teve início em 2017, quando a Apple confessou que reduzia o desempenho de dispositivos como iPhone 6 e iPhone 7 para preservar a vida útil desses aparelhos conforme a bateria envelhecia.
As atualizações de 2018 eram parte desta estratégia, contudo, os usuários não estavam cientes disso. Ao perceberam que o desempenho de seus dispositivos foi reduzido, os usuários tentaram voltar às versões anteriores do iOS sem sucesso.
Com isso, a Apple foi acusada de praticar obsolescência programa. No entanto, a Apple sempre negou que seu objetivo era fazer com que usuários comprassem modelos mais recentes. A gigante de Cupertino afirmava que esta limitação, na verdade, era aplicada para prolongar a vida útil dos celulares.
Usuários elegíveis à indenização
É possível pedir a indenização através deste formulário divulgado pelo escritório de advocacia Angeion Group da Filadélfia, na Pensilvânia.
No entanto, o acordo determina que apenas usuários norte-americanos são elegíveis. Os dispositivos contemplados são: iPhone 6, iPhone 6 Plus, iPhone 6s, iPhone 6s Plus, iPhone SE com iOS 10.2.1 ou atualizações lançadas antes de 21 de dezembro de 2017; iPhone 7 e iPhone 7 Plus com iOS 11.2 ou atualizações lançadas antes de 21 de dezembro de 2017.
Fontes