O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou pela primeira vez que o país realizou um ciberataque em 2018 contra uma organização situada na Rússia que tentava interferir nas eleições norte-americanas. A informação veio do próprio político em uma entrevista concedida ao jornal The Washington Post.
O ciberataque era tido apenas como uma suposição desde fevereiro de 2019, quando o próprio jornal fez a denúncia original. O alvo foi o Internet Research Agency (IRA), uma "fazenda de trolls" que tinha como objetivo encher as redes sociais de memes, desinformação e postagens patrocinadas de cunho político para tentar fortalecer a imagem de certos candidatos e prejudicar outros durante as eleições de meio de mandato, que envolvem os cargos para o Congresso.
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Na entrevista, Trump indicou que era "correto" afirmar que ele mesmo ordenou o ataque, que tinha como objetivo paralisar as atividades dos robôs e cortar a conexão dos equipamentos. Na época da reportagem original, um porta-voz da Agência de Segurança Nacional apenas comentou que "o governo não discute planejamento e operações no ciberespaço".
Longa data
Essa mesma agência russa teria sido responsável por interferências nas eleições de 2016, que elegeram o agora presidente norte-americano pelo Partido Republicano. As primeiras denúncias começaram já em dezembro daquele ano e envolveram redes como Facebook e Reddit.
Entretanto, para Trump, a culpa pela eficiência dos bots russos é do seu antecessor, Barack Obama.
"Ele sabia antes das eleições que a Rússia estava brincando por aí. Ou ele foi avisado disso. De qualquer forma, quem sabe? E ele não disse nada. E a razão para não dizer nada é que ele não queria tocar naquilo, porque achava que ela estava vencendo após ver as pesquisas falsas. Então, ele achou que ela venceria. E nós tivemos a maioria silenciosa que disse 'não, nós gostamos do Trump'", afirma o político, citando a derrota da candidata Hillary Clinton.
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