O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, inicialmente previsto para novembro deste ano, tem novas datas: a aplicação das provas impressas será nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021, enquanto a versão digital está marcada para 31 de janeiro e 7 de fevereiro. A informação foi divulgada pelo secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (08).
Em 24 e 25 de fevereiro, ocorrerá a reaplicação do exame, que terá seus resultados divulgados a partir de 29 de março.
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A mudança foi motivada pela pressão dos estudantes que, em razão da pandemia de covid-19 e do isolamento social, estão impedidos de irem às escolas. Em maio, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou uma votação entre os alunos para definir a nova data.
"Nada mais democrático do que deixar o jovem decidir o que quer da vida", afirmou o ministro. Apesar da proposta, o adiamento não respeitou a decisão majoritária dos estudantes.
Na enquete, o MEC oferecia três possibilidades de datas que abrangiam tanto a prova impressa, quanto a prova digital:
- Enem impresso: 6 e 13 de dezembro de 2020/ Enem Digital: 10 e 17 de janeiro de 2021
- Enem impresso: 10 e 17 de janeiro de 2021/ Enem Digital: 24 e 31 de janeiro de 2021
- Enem impresso: 2 e 9 de maio de 2021/ Enem Digital: 16 e 23 de maio de 2021
Ao todo, 1.113.350 votos foram computados. Dos estudantes que participaram, 49,7% (553.033) optaram pela prova em maio do ano que vem; 35,3% (392.902) preferiram a prova em janeiro e 15% (167.415) escolheram o mês de dezembro de 2020. Os resultados foram divulgados no começo deste mês.
Decisão do MEC vira meme na internet
Apesar de a votação ter indicado o mês de maio como o melhor período para a realização das provas, o MEC decidiu remarcá-las para janeiro e fevereiro, contrariando a preferência dos estudantes. Nas redes sociais, os alunos demonstraram a sua indignação através de críticas e memes.
Durante a coletiva de imprensa, representantes do ministério esclareceram que a opinião de secretários estaduais e dirigentes de instituições de ensino superior públicas e privadas também foi considerada na decisão.
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