Na última quarta-feira (17), foram divulgados os resultados financeiros dos Correios. Segundo relatório da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), a empresa teve lucro líquido de R$ 102 milhões em 2019 – o que representa uma queda de 37% em relação a 2018.
Por estar em processo de privatização, parte da diminuição foi atribuída à saída de valores relacionados a processos de desligamentos de funcionários. No total, a receita bruta apresentou crescimento de 1%, chegando à soma de R$ 19,1 bilhões – sendo que R$ 18,2 bilhões correspondem ao faturamento nacional, reduzido em 0,4%.
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Esse crescimento é explicado pela receita de encomendas internacionais, com alta de 41%, uma vez que foi estipulada taxa de cobrança de R$ 15 sobre pacotes vindos do exterior. Entre os quatro serviços principais oferecidos pela estatal, foram registrados crescimentos no PAC (18%) e no envio de cartas (1,7%). Sedex e FAC, por outro lado, apresentaram queda (1,2% e 12%, respectivamente).
Sedex apresentou queda de 1,2% de faturamento em 2019.Fonte: Agência Brasil
Redução de custos e covid-19
De acordo com a empresa, os resultados baixos ocorreram “em função do registro de despesas referentes aos contratos de arrendamento; despesas decorrentes do Plano de Desligamento Voluntário 2019; e reconhecimento de precatórios em volume superior a exercícios anteriores”. A pandemia pode afetar ainda mais o cenário. “O momento é de recessão na economia global, e ainda é cedo para mensurar o real impacto do novo coronavírus nas atividades.”
Em um esforço para reduzir custos, os Correios abriram plano de demissão voluntária para os funcionários, fecharam diversas agências e limitaram o horário de funcionamento de outros estabelecimentos. Além disso, compraram máquinas de triagem para automação de encomendas e fizeram ajustes nos benefícios trabalhistas.
Empresa ainda não sabe qual será o impacto da pandemia sobre o faturamento.Fonte: Agência Brasil
“Em um ambiente altamente instável, volátil e de constantes mudanças, os Correios ambicionam evoluir para uma plataforma física e digital integrada, orientada ao cliente, sendo essa uma visão mais desafiadora no bojo das transformações tecnológicas, para sua atuação no futuro, disputando posições de liderança, visando a se garantir sua sustentabilidade e perenidade”, diz o documento.