A China está prestes a concluir o seu sistema de navegação Beidou, que dará ao país asiático uma maior independência em relação ao Sistema de Posicionamento Global (GPS) dos Estados Unidos. O último satélite da rede será colocado em órbita ainda em junho.
O novo concorrente do GPS começou a ser desenvolvido na década de 1990, quando militares chineses não queriam mais depender do sistema administrado pelos norte-americanos. A rede de navegação Galileo, da União Europeia, chegou a aparecer como alternativa, mas a China resolveu criar a sua própria tecnologia.
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No ano 2000, os primeiros satélites do Beidou foram lançados à órbita terrestre, oferecendo cobertura limitada ao país. Já em 2012, a segunda geração do sistema ampliou a área mapeada, cobrindo a região Ásia-Pacífico. E em 2015, teve início o projeto de expansão para todo o planeta.
A China pode se tornar independente do GPS em breve.Fonte: Pixabay
A nova etapa do sistema, oferecendo cobertura global, será concluída com o lançamento do 35º satélite Beidou-3, programado para este mês, em data ainda não divulgada. Com ele, a China passa a ter mais satélites do que a rede GPS, superando também o sistema russo Glonass e o Galileo.
Características e expansão do Beidou
O sistema de navegação chinês apresenta precisão de 10 cm na região Ásia-Pacífico, contra 30 cm do GPS, conforme as autoridades do país, tornando seus sistemas de alvo e direção de armas mais confiável. Ele conta também com menos planos orbitais para os satélites, contribuindo para uma manutenção mais barata.
Alguns países já utilizam serviços relacionados ao Beidou, segundo a mídia estatal chinesa. Entre as tecnologias, estão monitoramento de fluxo portuário e mitigação de desastres, exportadas para mais de 100 países.
Ele também chegará a outras localidades por meio dos smartphones. Cerca de 70% dos celulares fabricados na China, atualmente, possuem suporte ao novo sistema de posicionamento, o que pode facilitar a sua expansão, devido à popularidade dos aparelhos.
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