A Microsoft anunciou que não vai liberar a venda de tecnologia de reconhecimento facial para departamentos de polícia dos Estados Unidos. O aviso veio por meio de uma entrevista do diretor jurídico e presidente da companhia, Brad Smith, que conversou com o jornal Washington Post.
Segundo Smith, princípios da marca impedem a comercialização da plataforma no momento. Ela só vai pensar em alterar a posição quando o Congresso estabelecer algum tipo de regulamentação para o uso com base em respeito aos direitos humanos, o que não depende somente das empresas de tecnologia. "Eu acho que esse é um momento do tempo em que somos convidados a escutar mais, aprender mais e, mais importante, a fazer mais", afirma o executivo.
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Além disso, a empresa vai analisar outros fatores que poderiam ou não possibilitar a comercialização desse serviço em outros cenários, sem especificar que critérios seriam esses. A principal crítica que o setor recebe é a possibilidade de falsos positivos, seja por enviesamento do algoritmo ou uso incorreto pelas forças da lei.
Seguindo exemplos
Além da Microsoft, outras duas empresas anteriormente confirmaram a suspensão do licenciamento de tecnologias de reconhecimento facial para governos e forças policiais. A ação foi tomada depois dos protestos realizados nos Estados Unidos, motivados pelo assassinato de George Floyd no final de maio deste ano durante uma abordagem policial.
A primeira a tomar uma atitude foi a IBM, que suspendeu completamente o desenvolvimento dessa tecnologia. A Amazon, por outro lado, paralisou os investimentos em reconhecimento facial por um ano.
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