Nesta segunda-feira (8), o vice-presidente da Samsung Group, Jay Y. Lee, compareceu a um tribunal na Coreia do Sul por conta de acusações que incluem fraude contábil e manipulação de ações. Na semana passada, promotores do caso pediram a prisão de Lee, que está dois anos em liberdade.
As acusações são resultado de uma investigação sobre uma fusão entre a Samsung C&T e a Cheil Industries em 2015, duas afiliadas do conglomerado. As novas alegações afirmam que o vice-presidente teria se envolvido em transações ilegais e manipulação de ações.
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Em 2017, Lee foi preso por ter subornado o governo para apoiar a fusão. Na ocasião, ele presenteou a filha de um confidente do ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye. O executivo foi solto um ano depois.
Segundo alguns críticos, os investidores minoritários foram contra a fusão, que foi vista como uma estratégia do executivo para aumentar seu controle sobre conglomerado.
Em um comunicado nesta última sexta-feira (05), a Samsung negou a participação de Lee nas manipulações de ações, sob a justificativa de que seu envolvimento na tomada de decisões “vai contra o senso comum”.
A empresa também afirmou que a longa investigação sobre Jay Y. Lee está impactando a administração do conglomerado negativamente, que representa cerca 12% do PIB na Coréia do Sul. Na declaração ainda foi divulgado que o grupo está em "crise" devido à pandemia de covid-19 e às disputas comerciais entre os Estados Unidos e a China.
No entanto, segundo gerente de fundos da HDC Asset Management, “é improvável que a Samsung esteja com problemas, mesmo com a ausência de Lee. Mas o caso reacende as preocupações de governança nos conglomerados sul-coreanos e os investidores estão fartos dessas controvérsias".
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