Em retaliação às sanções comerciais dos Estados Unidos, a China está prestes a adicionar empresas norte-americanas — entre elas: Apple; Qualcomm e Cisco — na “lista de entidades não confiáveis” para o governo, aponta o jornal Global Times.
O documento inclui o lançamento de investigações e restrições às empresas norte-americanas — semelhante ao que já acontece com a Huawei no ocidente. Sendo um canal direto com o Partido Comunista da China, a Global Times indica que as medidas afetariam a Apple; Cisco; Qualcomm e suspende negociações com a Boeing.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Apesar da proximidade, Global Times não é um porta-voz oficial do partido ou do governo chinês; mas acredita-se que as reportagens do veículo reflitam as opiniões dos chefes do Estado.
Essa nova política vem como resposta ao recente anúncio do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. O órgão alterou uma regra de exportação com a intenção de “atingir estrategicamente a aquisição de semicondutores da Huawei”.
Vale lembrar, no entanto, que a Huawei já sofre com bloqueios norte-americanos há anos. Na verdade, é uma briga que acontece desde 2012, quando o Congresso dos EUA publicou um relatório que acusava a fabricante chinesa de ser uma ameaça à segurança do país.
Esses bloqueios, por sua vez, não só impactaram a economia chinesa, como também afetaram significativamente na fabricação de eletrônicos norte-americanos — considerando que boa parte da fabricação era feita em território chinês. As políticas, então, geraram grande movimentação na indústria — como na Google, Qualcomm e Intel — para realocar suas fábricas e procurar por outros fornecedores.
Fontes