A Suprema Corte da Índia decidiu nesta segunda-feira (11) que não vai devolver o acesso à internet móvel 4G nas regiões da Caxemira e de Jammu. O bloqueio já dura nove meses e, pela nova recusa, deve permanecer por mais um período considerável.
O problema teria ficado ainda mais evidente com a pandemia do novo coronavírus. Afinal, boa parte da população depende da conexão móvel para acessar a internet e, sem o acesso ao 4G, educação e emprego acabam prejudicados. Mesmo com esse argumento lançado pelas petições enviadas pela população, a restrição continua.
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No texto com o veredito, a instituição afirmou que precisava "garantir um equilíbrio entre segurança nacional e segurança em relação a direitos humanos". Para respeitar isso, em janeiro de 2020 alguns sites tiveram o acesso liberado em planos de dados na região, porém somente na velocidade 2G. Essa barreira de páginas foi flexibilizada ainda mais dois meses depois, mas sem grandes alterações desde então. A Índia é um dos países que mais utilizam redes de celular em todo o mundo.
Histórico de cortes
A atual crise envolvendo a internet móvel começou em agosto de 2019, quando o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, revogou a autonomia das regiões da Caxemira e Jammu, que são compostas na maioria por uma população muçulmana. O bloqueio nas conexões começou para impedir o crescimento de protestos na região.
Em 2017, uma ação parecida foi registrada nos estados do Punjab e Haryana, ambos no norte da Índia, que ficaram sem internet e SMS por cinco dias para evitar tumultos. Já em dezembro de 2019, quando o bloqueio atual já estava em voga, um novo e mais breve corte acabou realizado em Nova Déli para conter a organização de manifestações contra a aprovação de uma lei pelo governo.
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