O Wi-Fi 6 foi lançado no ano passado, trazendo inúmeras melhorias para as redes sem fio, como velocidades de transferências mais altas, menor latência e mais estabilidade. No início de 2020, um novo padrão foi apresentado, o Wi-Fi 6E, que é um aperfeiçoamento desse novo padrão, apresentando as mesmas características, porém usando o espectro de 6 GHz.
O uso do espectro de 6 GHz, no entanto, estava reservado para o uso licenciado. No dia 23 de abril, a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) aprovou o uso não licenciado do espectro, liberando sua utilização por qualquer dispositivo, desde que seja com responsabilidade. Além dos dispositivos que usam o novo padrão, as operadoras também poderão aproveitar os 6 GHz para ampliar suas redes 5G.
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Fonte: Wi-Fi Alliance/Android Authority/ReproduçãoFonte: Wi-Fi Alliance/Android Authority
O que é o Wi-Fi 6E?
Falando de forma resumida: o Wi-Fi 6E é o mesmo Wi-Fi 6, mas com a possibilidade de operar no espectro de 6 GHz. Embora o novo padrão faça uso das mesmas tecnologias do que o anterior, há melhoras significativas fornecidas pela largura de banda maior.
Usando o espectro de 6 GHz, o Wi-Fi 6E oferece 1,2 mil MHz de largura de banda extra. Esta pode ser divida em 14 canais de 80 MHz ou 7 canais de 160 MHz.
Teoricamente, as velocidades de transferências não são superiores, mas essa largura de banda é uma grande vantagem em áreas de alto congestionamento, como locais públicos, o que deve melhorar a estabilidade da rede como um todo. Redes mais estáveis asseguram taxas máximas de transferências por mais tempo, neste caso potencialmente acima de 1 Gbps. A maneira como os canais são distribuídos também favorece menor interferência e latência mais baixa, de apenas 1 ms.
Assim como o Wi-Fi que usa o padrão de 5 GHz, aquele que utiliza 6 GHz tem menos alcance e sofre mais interferência com obstáculos do que o de 2,4 GHz.
Para usar o Wi-Fi 6E, é necessário que toda a infraestrutura de rede já esteja preparada para o novo padrão, tanto o equipamento que gera o sinal (roteador) quanto os equipamentos receptores (notebooks e smartphones).
Os primeiros roteados com essa nova tecnologia devem ser lançados no final de 2020.
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