Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Cidadania anunciou que o governo não poderá antecipar o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 600, que estava programado para ser efetuado hoje (quinta-feira, 23). De acordo com a pasta, a Controladoria Geral da União (CGU) recomendou a suspensão da antecipação do benefício por causa do “alto número de requerentes que ainda estão em análise”, o que funciona como um impedimento legal.
Além disso, conforme divulgado ontem (22), o aplicativo móvel Caixa Tem parou de funcionar devido ao alto número de tentativas de acesso. O app foi disponibilizado para os requerentes do benefício que receberam uma conta poupança digital da Caixa, já que não possuem conta bancária para receber o auxílio.
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App Caixa Tem continua com problemas para grande parte os usuários. (Fonte: Down Detector/Reprodução)Fonte: Down Detector
Até o momento em que este artigo foi escrito, alguns usuários relatavam que o Caixa Tem ainda não havia voltado a funcionar. Na imagem acima, podemos perceber que as reclamações aumentavam à medida que o dia de hoje (23) amanhecia.
1ª parcela ainda depende de 12 milhões de análises de cadastros
Ao todo, a Caixa Econômica Federal recebeu mais de 45 milhões de cadastros. Até a quarta-feira (22), o banco havia liberado mais de R$ 22 bilhões do benefício para cerca de 31 milhões de cidadãos.
Para que o pagamento da primeira parcela seja concluído, o governo ainda precisa analisar mais 12 milhões de cadastros.
Inicialmente, o pagamento da segunda parcela estava previsto para começar no dia 27. Na última segunda-feira (20), a Caixa Econômica divulgou que iria antecipar o pagamento para esta quinta (23). O problema é que muitos cidadãos ainda não receberam nem a primeira parcela.
Em nota, o governo federal explicou que “por fatores legais e orçamentários, pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise, estamos impedidos legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio-emergencial”.
Por esse motivo, o Ministério da Cidadania informou que seria necessária a abertura de crédito suplementar para garantir a antecipação da segunda parcela, assim como o pagamento da primeira.
O órgão ainda disse que solicitou ao Ministério da Economia que faça a “previsão para uma suplementação orçamentaria o mais rápido possível”, mas não divulgou uma previsão para o início do pagamento da segunda parcela.
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