Bolsonaro intervém e suspende monitoramento da pandemia por celular

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Nessa segunda-feira (13), o ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações Marcos Pontes divulgou em seu perfil no Instagram que Governo Federal não colocou em prática o monitoramento de dados para detectar aglomerações. Além disso, também na publicação, ressaltou que o presidente Jair Bolsonaro solicitou prudência com a iniciativa, suspendendo, na prática, o lançamento do recurso.

O post em questão se trata de uma divulgação de que operadoras de celular poderiam fornecer gráficos e mapas de calor compilados a partir de dados anônimos e coletivos a partir do uso de telefones celulares pela população. A medida, inicialmente defendida pelo ministro, auxiliaria no isolamento e previsão de propagação da pandemia, conforme já tem sido feito por outros países.

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(Fonte: Agência Brasil)(Fonte: Agência Brasil)Fonte:  Agência Brasil 

“Após avaliação da equipe e com base no precedente internacional, gravei vídeo sobre a ferramenta a ser implementada na semana seguinte. Um dia depois, sábado, o presidente me ligou e solicitou prudência com esta iniciativa e que a ferramenta só fosse usada após análises extras pelo governo. Assim, determinei que o vídeo e outros posts fossem retirados das redes sociais até o término das análises extras e aprovação final do governo”, afirma Marcos Pontes.

Autonomia dos estados

Ainda de acordo com Pontes, a ferramenta está sob análise quanto à aplicabilidade, garantia de privacidade e modo de operação e será utilizada após a garantia de eficiência em todos os quesitos. O ministro ressalta também que estados têm autonomia para agir.

Por exemplo, em três semanas, São Paulo apresentou mais internações por síndromes respiratórias que em todo o ano de 2019 e aplica, desde semana passada, medidas de isolamento e rastreamento reforçadas para evitar colapso do sistema de saúde com uma sobrecarga ainda maior de pacientes. “Quanto aos estados, eles têm autonomia e podem ter acordos diretos com as operadoras. O Governo Federal não tem controle ou participação nesses acordos”, finaliza.

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